São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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TRAGÉDIA NOS EUA

Furacão Rita se aproxima; mortos pelo Katrina chegam a 973

Retorno a Nova Orleans é suspenso

IURI DANTAS
DE WASHINGTON

Com o sudeste dos EUA novamente ameaçado pela chegada de um furacão, e sob pressão do presidente George W. Bush e de outras autoridades federais, o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, suspendeu ontem a reabertura de partes da cidade e pediu que os habitantes não retornem.
"Estou incentivando todas as pessoas a partir. Suspendemos o retorno. A situação mudou, temos outro furacão se aproximando. Preparem-se para sair da cidade quarta-feira, ou antes", pediu.
Três semanas após a passagem do furacão Katrina, que deixou 973 mortos na região da costa do golfo do México, autoridades avaliam que a cidade não está pronta ainda para receber a população, e a Guarda Costeira manifestou preocupação com os diques recém-reparados que separam Nova Orleans do lago Pontchartrain.
As projeções do Centro Nacional de Furacões indicavam que a tempestade tropical Rita se dirigia para a península da Flórida, onde a retirada da população já começou, e deveria se tornar um furacão até atingir a costa do Golfo.
Durante todo o domingo, o representante do governo federal na região, almirante Thad Allen, da Guarda Costeira, alertou para a precariedade da infra-estrutura da cidade. Contrariado, Nagin, que vinha insistindo para que moradores de alguns bairros de Nova Orleans retornassem às suas casas, só voltou atrás ao receber novas previsões sobre o Rita.
Em Washington, Bush disse entender Nagin, mas prefere a cautela. "O prefeito tem esse sonho de ter a cidade de pé e funcionando, e nós o compartilhamos. Mas também queremos ser realistas."


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