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Caso Blackwater faz EUA limitarem circulação de diplomatas em Bagdá
Iraquianos dizem que seguranças privados atiraram contra civis desarmados
DA REDAÇÃO
Os EUA proibiram ontem a
circulação de seus diplomatas e
funcionários civis fora da Zona
Verde, a área fortemente militarizada de Bagdá que abriga
prédios do governo iraquiano e
do comando americano.
A medida, tomada sob pressão do governo iraquiano, visa
evitar ataques e conter a animosidade contra a Blackwater,
empresa particular responsável pela segurança dos comboios. No domingo, agentes da
companhia envolveram-se em
um tiroteio que matou 20 pessoas e feriu 35 na capital.
"O que houve foi um crime.
Deixou, tanto dentro do governo quanto em meio ao povo iraquiano, profundo ressentimento e indignação", disse o premiê
Nuri al Maliki, que pediu o fim
do contrato da Blackwater.
A empresa privada, que recebe US$ 800 milhões do governo
americano por sua atuação no
Iraque e Afeganistão, diz ter
reagido "corretamente" a um
ataque ao comboio de diplomatas que passava pelo bairro sunita de Mansur. A explosão de
um carro-bomba teria provocado a reação. A versão é questionada pelo governo iraquiano.
Testemunhas dizem que os
agentes de segurança atiraram
indiscriminadamente contra
civis. "Ninguém atirou neles,
eles não foram cercados por
homens armados nem foram
alvo de explosão", afirmou o
advogado Hasan Salman à rede
de TV CNN, da cama do hospital onde está internado. Segundo ele, os agentes bloquearam a
rua e fizeram sinais para que os
motoristas deixassem o local.
"Quando fizemos o retorno,
abriram fogo contra os carros."
Os EUA divulgaram comunicado lamentando a "perda de
vidas inocentes". Washington
criou um comitê conjunto com
Bagdá para investigar o caso.
Lei promulgada pelo governo
de transição dos EUA após a
queda de Saddam Hussein, em
2003, exime as firmas de segurança privadas no Iraque, que
hoje têm quase 50 mil homens,
de obedecerem as leis do país.
Com agências internacionais
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