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CLIMA
O furacão, que já matou 11 pessoas e ameaça os EUA, é o mais intenso já registrado na região, com ventos de 280 km/h
Wilma já é o maior furacão do Atlântico
DA REDAÇÃO
O furacão Wilma, que está na
área do golfo do México, chegou à
categoria 5 e se tornou o mais forte furacão já registrado no Atlântico. O Wilma, cujas chuvas intensas e ventos fortes já causaram estragos em países da América Central e do Caribe, pode atingir o Estado americano da Flórida.
O furacão, que na tarde de ontem se encontrava a cerca de 500
km a sudoeste da ilha de Cozumel, no México, atingiu a pressão
mínima de 882 milibares (quanto
menor a pressão, maior a força
dos ventos do furacão) e seus ventos chegaram a 280 km/h. O Wilma rumava para noroeste, e a previsão era que fizesse um pequeno
desvio em sua rota, o que significa
que poderia atingir a Flórida no
final de semana.
Entre os estragos já causados
pela 21ª tempestade tropical do
Atlântico na temporada de 2005
(a 12ª a se tornar um furacão), as
chuvas do Wilma mataram ao
menos 11 pessoas no Haiti, vítimas de deslizamentos de terra.
Pelo menos 2.000 pessoas tiveram
de deixar suas casas em razão de
inundações.
Chuvas fortes anunciando a
aproximação do Wilma chegaram a Cuba, onde habitantes e turistas estão sendo removidos de
áreas atingidas.
Na Jamaica, onde chove forte
desde domingo, um homem morreu e 350 pessoas estão em abrigos. Nas Ilhas Cayman, cerca de
mil pessoas estão sem energia elétrica. No México, autoridades pediram que os turistas deixassem a
estância de Cancún, que pode ser
atingida pelo Wilma.
Embora espere-se que a intensidade do Wilma diminua antes
que ele chegue à Flórida, autoridades e a população dos EUA estão se precavendo. "As pessoas
precisam se preparar", disse à
agência de notícias Reuters Bill
Mauldin, o chefe de polícia de Key
West, cidade localizada no pequeno arquipélago de Flórida Keys.
Lá também os turistas foram instados a ir embora.
"Nós perdemos bem mais de
mil vidas com o Katrina", lembrou Max Meyfield, diretor do
Centro Nacional de Furacões na
Flórida. "Se o Wilma chegar à costa da Flórida na categoria 3 ou 4,
esse mesmo potencial que chegará com ele pode ceifar vidas."
O Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans em agosto último, matou mais de 1.200 pessoas e provocou prejuízos de mais
de US$ 30 bilhões.
O governador da Flórida, Jeb
Bush -irmão do presidente
George W. Bush-, disse ontem
que o governo ordenará em breve
que as pessoas deixem suas casas.
Também ontem a Casa Branca
anunciou que o presidente Bush
recebeu informações sobre o Wilma e declarou que confia que os
habitantes da Flórida e da costa
do Golfo atenderão aos pedidos
das autoridades.
O Wilma, além de ser o furacão
mais forte já registrado -os registros começaram a ser tomados
em 1851- no Atlântico, alcançou
dois recordes: como a 21ª tempestade tropical em uma só temporada, igualou a marca observada em
1933; e, como 12º furacão da temporada, igualou o número de
1969. A temporada de furacões,
que dura seis meses, só se encerra
em 30 de novembro.
Stan
O ator Mel Gibson encontrou-se
ontem com o presidente do México, Vicente Fox, e doou ao país
US$ 1 milhão para a recuperação
dos estragos causados por outro
furacão, o Stan, que deixou recentemente mais de 1.500 mortos e
desaparecidos na América Central e no México.
Com agências internacionais
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