São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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Morre na Somália francesa sequestrada por islâmicos

Marie Dedieu, 66, tetraplégica e com câncer, não teve acesso a remédios

Sequestro de mulher, que vivia no Quênia, foi razão alegada para país invadir sul da Somália, onde atua a Al Qaeda

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A França anunciou que uma mulher francesa sequestrada no Quênia no início deste mês morreu no cativeiro na Somália. Informações sobre a data e as circunstâncias da morte de Marie Dedieu, 66, não foram divulgadas.
Dedieu, que morava havia 15 anos no arquipélago de Lamu -um dos principais pontos turísticos do Quênia, no leste africano-, era tetraplégica e sofria de câncer.
O sequestro foi invocado pelo Quênia como a razão para invadir o sul da Somália nesta semana.
O Al Shabab, grupo islâmico afiliado à Al Qaeda, que controla a região, prometeu reação armada contra os quenianos.
Dedieu foi sequestrada na casa em que vivia, na madrugada do dia 1º de outubro, por dez homens armados, supostamente militantes somalis do Al Shabab.
Por conta dos problemas de saúde, ela precisava de doses diárias de medicamentos, aos quais não pôde ter acesso durante o cativeiro.
O Ministério das Relações Exteriores da França acredita que a morte tenha sido provocada pela falta da medicação. Os remédios teriam sido enviados pelo governo francês, mas não chegaram a ser administrados à vítima.
O governo do Quênia confirmou que a morte ocorreu durante sequestro promovido pelo Al Shabab.
O Exército queniano realiza buscas em territórios da Somália para localizar os responsáveis. O porta-voz das forças militares do Quênia, Emmanuel Chirchir, disse que 73 militantes haviam sido mortos nas incursões. O Al Shabab negou que tenha sofrido baixas.


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