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Greves na França entram esvaziadas no sexto dia
Educação e saúde também param contra reduções
Mal Langsdon/Reuters
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Parisienses usam bicicletas durante greve, que foi prolongada |
DA REDAÇÃO
Embora bastante enfraquecida, a greve nos trens e transportes urbanos entra hoje na
França em seu sexto dia, coincidindo com o plano de paralisação dos servidores públicos
da educação e da saúde.
São dois conjuntos de reivindicações paralelas, ambos
apontados pelas pesquisas como impopulares, o que reforça
a intransigência do presidente
Nicolas Sarkozy.
O funcionalismo quer aumento de salários e protesta
contra a supressão de 18 mil a
23 mil cargos a partir de 2008,
com o plano oficial de contratar
apenas dois novos funcionários
para cada três que se aposentem. O governo está irredutível
e argumenta que, nos últimos
seis anos, os funcionários tiveram reajustes anuais de 3,5%.
Quanto aos transportes, o
ministro do Trabalho, Xavier
Bertrand, recuou e disse que
negociaria após um "esboço de
uma volta ao trabalho", e não
quando as greves terminassem,
como afirmava antes.
Maquinistas de trens e metrôs e motoristas de ônibus urbanos querem a manutenção
do regime especial, que lhes
permite uma aposentadoria integral com dois anos e meio de
contribuição a menos que os
demais assalariados.
Na SNCF (estradas de ferro),
os grevistas eram ontem 26%
da categoria, contra 32% na
sexta-feira. Em média, a metade dos trens circulou. Também
circulavam 40% dos ônibus parisienses e um quarto das composições do metrô. Na estatal
do setor, a RATP, continuavam
em greve 18% dos funcionários,
contra 44% na quarta-feira da
semana passada, quando o movimento se desencadeou.
Nos setores de gás e eletricidade os grevistas representavam ontem menos de 1%.
O "Monde" diz que a confusão entre as greves de funcionários e dos transportes acaba beneficiando o governo.
Ele vem sendo pressionado a
encontrar uma solução para
uma situação insuportável para
a população. Ontem os congestionamentos ao redor de Paris
totalizavam 240 km. Dados oficiais dão conta de um prejuízo
econômico diário de 100 milhões (R$ 257 milhões).
Ainda hoje, os franceses não
encontrarão jornais nas bancas
devido à greve provocada por
demissões na cooperativa que
monopoliza a distribuição.
Com agências internacionais
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