São Paulo, terça-feira, 20 de novembro de 2007

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FOGO AMIGO

Iraque prende seguranças dos EUA após tiroteio em Bagdá

DA REDAÇÃO

O governo iraquiano anunciou ontem que prendeu 42 pessoas, entre elas dois seguranças americanos e 31 outros estrangeiros, suspeitas de envolvimento em um tiroteio que feriu uma mulher no centro de Bagdá.
"É um recado para as empresas de segurança de que ninguém está acima da lei", disse o porta-voz Ali al Dabbagh. Ele afirmou que os presos deverão prestar hoje depoimento a um juiz da capital encarregado do inquérito e que serão libertados aqueles que forem inocentes.
Segundo o general iraquiano Qassim al Moussawi, os guarda-costas estavam escoltando um comboio com estrangeiros, a caminho do aeroporto de Bagdá. O comboio era integrado por quatro veículos, que trafegavam na contramão. Dentro deles estavam 21 cidadãos do Sri Lanka, nove do Nepal e um da Índia. Entre os seguranças havia dez iraquianos e dois americanos.
O governo iraquiano retificou a informação inicial de que ao menos um guarda-costas seria italiano.
Não está claro quem alvejou a multidão de civis e feriu a única vítima.
Guarda-costas estrangeiros se tornaram um problema no Iraque desde que 17 iraquianos foram mortos em setembro por agentes da empresa americana Blackwater.
A embaixada americana não comentou a prisão de dois de seus cidadãos por não dispor de informações detalhadas. A questão é controvertida, na medida em que Washington deseja que seguranças americanos envolvidos em incidentes sejam julgados pela lei dos EUA, opção que o Iraque rejeita.


Com agências internacionais


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