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YouTube e Facebook são censurados
DE PEQUIM
Vídeos mostrando a violência policial chinesa
contra monges tibetanos
começaram a aparecer no
YouTube em março de
2008. Na mesma época, a
cantora islandesa Björk
pedia a independência do
Tibete em um vídeo de um
show em Xangai.
O Youtube foi então bloqueado na China e desbloqueado por períodos curtos. Sua cópia chinesa, o
Youku, pôde prosperar
sem concorrência.
Logo após a onda de
protestos que chacoalhou
o Irã após a controversa
reeleição do presidente
Mahmoud Ahmadinejad
- muitos deles convocados pelo Twitter-, a China decidiu também bloquear o site dos microblogs. Só agora versões
chinesas começam a ser liberadas, onde a autocensura é garantida. Semanas
depois, o Facebook foi bloqueado.
Analistas acreditavam
que o bloqueio seria temporário, na proximidade
de datas sensíveis, como
os 60 anos da chegada dos
comunistas ao poder. Mas
as restrições continuaram.
Estima-se que 30 mil
censores trabalhem para o
governo checando blogs e
grandes portais. Os próprios sites fazem sua limpeza, apagando críticas ao
partido ou ao governo.
"A internet se tornou
uma importante avenida
pela qual as forças anti-China se infiltram, sabotam e maximizam sua capacidade de destruição",
escreveu o ministro de Segurança Pública, Meng
Jianzhu, na revista Qiushi,
do Comitê Central do Partido Comunista.
Em junho, o governo
chinês tentou exigir de todos os fabricantes de computadores pessoais a instalação de um programa
com filtros de internet.
A polêmica foi tão grande - o programa chinês foi
acusado até de piratear
um software americano -
que o governo chinês desistiu da obrigatoriedade.
Mas, desde então, milhares de escolas, repartições
públicas e fabricantes chineses têm instalado filtros
em suas máquinas.
O governo diz que sua
campanha pela moralização da internet visa acabar
com a pornografia e com a
pirataria, mas para críticos
o discurso mascara a sanha por controle.
(RJL)
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