São Paulo, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

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ONU não chega a acordo sobre Coreias

Conselho de Segurança fez reunião emergencial para evitar conflito; Coreia do Sul anuncia testes militares para hoje

Governo russo pediu a Ban Ki-moon que enviasse um emissário especial à região para tentar retomar o diálogo

Reuters
Militares sul-coreanos na ilha de Yeonpyeong, ontem

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Conselho de Segurança da ONU convocou ontem uma reunião de emergência para analisar a situação de tensão entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. O encontro reuniu os 15 países do Conselho, entre eles a China -membro permanente e único aliado da Coreia do Norte.
Mas segundo o embaixador da Rússia, que convocara a reunião, não houve acordo. Ele ressaltou, contudo, que prosseguirão os contatos entre as principais potências.
Moscou pedira ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que enviasse um emissário especial à região para restabelecer o diálogo. A Rússia faz fronteira com a Coreia do Norte e, depois da China, é o país com laços mais próximos com Pyongyang.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, afirmou que a situação na península "afeta diretamente os interesses da segurança nacional da federação russa".
Militares sul-coreanos estão na ilha de Yeonpyeong para exercícios que começam hoje e já ordenaram aos moradores para se recolherem aos abrigos antiaéreos, disseram autoridades do país. Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, aviões de caça já saíram dos hangares onde estavam em direção à fronteira.
A Coreia do Norte reforçou o alerta de suas Forças Armadas e ameaça revidar com um "ataque forte" caso as manobras rivais aconteçam.
"Se os sul-coreanos se atreverem a levar a cabo os exercícios, a situação explodirá e não haverá como evitar consequências desastrosas", advertiu o Exército do norte em comunicado sábado.
O aviso dizia ainda que a "intensidade e o alcance" de sua resposta serão maiores do que os do ataque de 23 de novembro. Na ocasião, o Exército norte-coreano atacou a ilha de Yeonpyeong, situada nas proximidades da fronteira marítima com a Coreia do Sul, provocando a morte de quatro pessoas.
O ataque, com morteiros, foi o primeiro bombardeio a uma zona civil desde a Guerra da Coreia (1950-53).
Rússia e China pediram a Seul que cancele seus exercícios. O departamento de Estado americano defendeu o direito de seu aliado a realizar as manobras, mas advertiu que Seul deve ser "muito cautelosa no que faz".


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