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CRISE DO GÁS
Moscou e Kiev normalizam o abastecimento da Europa
DA REDAÇÃO
A Europa voltou a receber
gás russo pelos dutos ucranianos, duas semanas após o
corte no fornecimento que
afetou 18 países europeus.
Acordo entre estatais energéticas da Rússia e Ucrânia
pôs fim, anteontem, ao impasse comercial que deixou o
continente praticamente
sem gás no auge do inverno.
O gás russo alcançou ontem o Leste Europeu, mais
atingido, e deve chegar hoje à
região ocidental. A retomada
foi recebida com cautela pela
União Europeia, que negociara, na semana passada,
um compromisso de retomada do fornecimento, descumprido pelos dois países.
"É difícil comemorar algo
que, em primeiro lugar, nem
deveria ter acontecido", disse ontem o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. "A Europa não pode ser refém da
disputa entre Rússia e Ucrânia", criticou. O bloco estuda
medidas legais contra Kiev e
Moscou.
O ministro da Economia e
Energia da Bulgária, Petar
Dimitrov, comparou as consequências do corte de gás às
de um ataque terrorista. "Os
impactos na economia búlgara são catastróficos", disse
o ministro. Fábricas foram
fechadas durante a crise e
centenas de milhares de casas ficaram sem aquecimento central a temperaturas
abaixo de 0C, acirrando insatisfações com o governo.
A Rússia cortou o fluxo de
gás via Ucrânia, principal rota de abastecimento da Europa, em 7 de janeiro, alegando que Kiev desviava o produto para consumo próprio.
A venda para o mercado
ucraniano tinha sido suspensa no dia 1º, após impasse sobre o preço do gás russo e a
taxa de transporte cobrada
por Kiev, ambos subsidiados.
O contrato assinado anteontem, válido por 10 anos,
prevê a adoção de preços de
mercado a partir de 2010.
Com agências internacionais
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