São Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

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CRISE DO GÁS

Moscou e Kiev normalizam o abastecimento da Europa

DA REDAÇÃO

A Europa voltou a receber gás russo pelos dutos ucranianos, duas semanas após o corte no fornecimento que afetou 18 países europeus. Acordo entre estatais energéticas da Rússia e Ucrânia pôs fim, anteontem, ao impasse comercial que deixou o continente praticamente sem gás no auge do inverno.
O gás russo alcançou ontem o Leste Europeu, mais atingido, e deve chegar hoje à região ocidental. A retomada foi recebida com cautela pela União Europeia, que negociara, na semana passada, um compromisso de retomada do fornecimento, descumprido pelos dois países.
"É difícil comemorar algo que, em primeiro lugar, nem deveria ter acontecido", disse ontem o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. "A Europa não pode ser refém da disputa entre Rússia e Ucrânia", criticou. O bloco estuda medidas legais contra Kiev e Moscou.
O ministro da Economia e Energia da Bulgária, Petar Dimitrov, comparou as consequências do corte de gás às de um ataque terrorista. "Os impactos na economia búlgara são catastróficos", disse o ministro. Fábricas foram fechadas durante a crise e centenas de milhares de casas ficaram sem aquecimento central a temperaturas abaixo de 0C, acirrando insatisfações com o governo.
A Rússia cortou o fluxo de gás via Ucrânia, principal rota de abastecimento da Europa, em 7 de janeiro, alegando que Kiev desviava o produto para consumo próprio. A venda para o mercado ucraniano tinha sido suspensa no dia 1º, após impasse sobre o preço do gás russo e a taxa de transporte cobrada por Kiev, ambos subsidiados.
O contrato assinado anteontem, válido por 10 anos, prevê a adoção de preços de mercado a partir de 2010.


Com agências internacionais


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