São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

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ANÁLISE

Tensões entre superpotências tendem a crescer após encontro

TOM RAUMA
DA ASSOCIATED PRESS

Apesar da pompa, das aparências e dos votos de cooperação, é provável que as tensões entre EUA e China aumentem, e não diminuam, após o encontro entre os presidentes Barack Obama e Hu Jintao.
À medida que a China chega mais perto de ultrapassar os EUA economicamente, o que deve ocorrer em uma ou duas décadas, parece provável que disputas sobre comércio e moeda se intensifiquem.
Embora interesse aos dois países que Hu e Obama projetem uma imagem de laços refeitos, capaz de gerar confiança, após um ano de relações difíceis, é possível que o degelo tenha duração curta.
Como nenhum dos lados cedeu muito, "foram marcados alguns gols, mas nenhum de placa", disse Michael Green, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, de Washington.
Green disse que os dois líderes podem ter ajudado a abrandar algumas disputas econômicas. Mas a questão da moeda vai continuar a causar desgastes.
Pesquisas mostram que a maioria dos americanos ainda vê a economia chinesa mais como ameaça a empregos americanos que como oportunidade de investimentos, concepção que Obama procurou modificar na visita.
Embora pareça provável que a superioridade militar americana vá durar muito mais tempo que sua liderança econômica, continua a crescer nos EUA a desconfiança em relação a como estão sendo administradas as tensões na península Coreana, sobre confrontar o Irã sobre seu programa nuclear e a atitude cada vez mais agressiva de Pequim no Pacífico ocidental.


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