São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2009

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GUERRA SEM LIMITES

Guantánamo respeita regras, diz estudo pedido por Obama

DA REDAÇÃO

Um estudo conduzido por um almirante americano a mando do presidente Barack Obama concluiu que a prisão de Guantánamo respeita as Convenções de Genebra de proteção dos direitos dos prisioneiros de guerra.
O levantamento, requisitado como parte do plano de fechar a prisão na base militar em Cuba, tem sua entrega prevista na Casa Branca neste final de semana.
A despeito de ter apontado que o centro de detenção criado pelo governo de George W. Bush para abrigar detentos da "guerra ao terror" respeita as normas internacionais, o almirante Patrick Walsh, autor do estudo, recomendou a adoção de medidas para aumentar o contato humano entre os detentos.
Segundo autoridades familiarizadas com o estudo citadas pelo "New York Times", a meta é permitir maior diálogo entre os presos e os estimular a participar de atividades em grupo.
Além da prática de tortura em interrogatórios -que o governo Bush chamava de "técnicas de duras" e que Obama baniu-, a prisão de Guantánamo é alvo de críticas pelo fato de confinar os presos até 23 horas diárias em cubículos de cimento ou em gaiolas a céu aberto.
A conclusão do relatório gerou críticas. Segundo o "Times", ela deve colocar Obama, pela primeira vez, na posição de defensor da prisão que prometeu fechar até 2010. "A revisão sobre Guantánamo aparenta não ser mais que o acobertamento das práticas de tratamento abusivo e detenção ilegal do governo Bush", disse a União Americana de defesa das Liberdades Civis (ACLU).

Com agências internacionais


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