São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2009

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GUERRA SEM LIMITES

EUA se dizem abertos a acordo entre Afeganistão e Taleban

DA REDAÇÃO

O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, declarou ontem que Washington poderia aceitar um acordo político entre o governo do Afeganistão e fundamentalistas do Taleban, similar à trégua pactuada no Paquistão nesta semana, em que Islamabad concordou com a adoção da lei islâmica no vale do Swat para encerrar sua campanha militar de 18 meses na região.
O acordo paquistanês que permitiu o emprego de código de leis inspirado na interpretação rígida do Corão na área do noroeste do país foi intermediado por um clérigo linha-dura que negocia a deposição das armas dos militantes do Taleban no vale.
"Falamos mais de uma vez que, em última instância, alguma forma de reconciliação política tem de ser parte da solução de longo prazo no Afeganistão", declarou Gates após reunião com seus pares da Otan (aliança militar ocidental), na Polônia.
"Se houver reconciliação, se insurgentes estiverem dispostos a baixar as armas e se a reaproximação for essencialmente nos termos oferecidos pelo governo, nós [EUA] estaríamos abertos a isso", explicou o americano.
O governo afegão já acenou com o plano de persuadir quadros moderados do Taleban a depor armas em troca de um papel político.
Gates afirmou também que conseguiu na Polônia o compromisso de outros 20 países em aumentar seu efetivo civil ou militar no Afeganistão, mas não os nomeou. Nesta semana, os EUA anunciaram o envio de mais 17 mil militares antes da eleição afegã, em agosto -o que fará saltar para 87 mil o contingente estrangeiro no país.

Com agências internacionais


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