São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2008

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França volta a discutir lei de eutanásia após comoção

DA REDAÇÃO

O governo francês abriu as portas para abrandar a proibição da eutanásia, a partir do abalo provocado com a morte, anteontem, de Chantal Sébire, paciente terminal de um tipo raro de câncer que desfigurou seu rosto e provocava dores agudas e insuportáveis.
Um tribunal da cidade de Dijon havia rejeitado na segunda-feira a autorização para que seus médicos permitissem que ela "morresse com dignidade". Ela foi encontrada morta por uma de suas filhas, não estando descartada a ocorrência de suicídio auxiliado por terceiros. Seu corpo já foi autopsiado.
O primeiro-ministro François Fillon descartou mudar a lei em razão da pressão emocional criada por Sébire, professora aposentada de 52 anos. Mas determinou que o deputado Jean Leonetti, relator do texto aprovado em 2005 pelo Parlamento, estude alternativas para "casos excepcionais".
A ministra para Assuntos Familiares, Nadine Morano, disse defender que a eutanásia só possa ser autorizada por uma comissão de ética. O ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner -que já foi presidente da entidade Médicos Sem Fronteiras-, também defende novas mudanças.
A atual lei permite que pacientes terminais sejam induzidos ao estado de coma, sem no entanto autorizar os médicos a interromperem a medicação ou a fornecerem drogas que possam pôr fim à vida.


Com agências internacionais


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