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SEGURANÇA
Sete taxistas já foram assassinados este ano na cidade, e assunto entra na campanha pelo Senado
Morte de taxistas comove Nova York
DAVID USBORNE
do "The Independent"
Dizem que Nova York se tornou
um lugar seguro, o que não quer
dizer muito para os milhares de
motoristas uniformizados que
circulam em limusines pretas ou
prateadas, tão comuns na cidade
quanto os táxis amarelos. Para
eles, é tempo de medo.
Desde o começo do ano, pelo
menos sete motoristas uniformizados foram mortos em serviço,
quase sempre à noite e em áreas
em que poucos táxis amarelos ousam circular. No ano passado, nada menos que 11 deles foram assassinados. Nenhum taxista comum (dos carros amarelos) foi
morto desde 1997.
A quantidade de mortos é um
grande problema para o prefeito
Rudolph Giuliani, cuja campanha
para o Senado está enfatizando
para o público que o crime na cidade foi contido e reduzido durante seu governo. Giuliani concorre com a primeira-dama do
país, Hillary Clinton, por uma vaga no Senado.
Giuliani pediu que as limusines
-normalmente de propriedade
dos motoristas- fossem equipadas com vidros à prova de balas
entre os bancos do motorista e do
passageiro ou com câmeras digitais. Também prometeu US$ 300
para cada veículo como ajuda de
custo para a segurança.
Enquanto isso, uma frota especial criada pelo Departamento de
Polícia será ampliada de 40 para
300 homens. Alguns trabalharão
à paisana dirigindo limusines pelas cinco regiões da cidade. Outros patrulharão as chamadas
"zonas livres" que serão criadas
nas áreas mais perigosas da cidade, onde motoristas com problemas poderão pedir ajuda.
Entre os motoristas mortos está
Luís Francisco Perez. Assassinado
em uma rua deserta no Bronx
perto da meia-noite, Perez era um
imigrante recém-chegado aos
EUA. Morreu deixando um filho
pequeno dias antes de completar
30 anos.
As novas medidas de segurança
não serão aplicadas aos carros
que servem os executivos de grandes empresas, uma vez que circulam somente no centro de Manhattan. A maior parte das 30 mil
limusines que circulam na cidade
servem às cinco regiões, sendo
que a maioria da frota opera longe
do circuito restrito a Manhattan.
Equipados com rádio, os carros
deveriam trabalhar somente com
chamadas telefônicas.
De acordo com as regras da cidade, as limusines não devem receber passageiros que as parem
na rua, mas a maioria o faz para
aumentar seus ganhos. Mas parar
na rua pode ser muito arriscado.
"Os motoristas só estão tentando
pôr comida na mesa de suas famílias", disse Fernando Mateo, presidente da Federação dos Motoristas de Táxi: "Quando virem
uma corrida de US$ 5, pararão".
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