France Presse

Imagem de TV exibe policiais retirando os estudantes após o tiroteio

RENATO FRANZINI
de Nova York

Pelo menos dois homens fortemente armados atacaram ontem uma escola secundária em Littleton, no Estado de Colorado (região central dos Estados Unidos), causando até 25 mortes, segundo a polícia local.
Testemunhas disseram que os homens entraram no prédio por volta das 11h30 (14h30 em Brasília) e começaram a disparar aleatoriamente e a jogar explosivos. Pelo menos 18 alunos ficaram feridos.
Segundo os estudantes, os atiradores estavam vestindo calças e camisetas pretas e usavam máscaras de esqui também pretas.
Os suspeitos são estudantes da escola que fazem parte de uma gangue chamada "trench coat mafia". Segundo colegas, eles eram anti-sociais, costumavam andar armadas e vestidos de preto.
Depois do ataque, a polícia cercou o prédio da Columbine High School e os atiradores mantiveram estudantes como reféns.
Os estudantes que saíam do prédio eram obrigados a ficar com as mãos na cabeça porque a polícia acreditava que os suspeitos tentariam escapar entre os alunos.
Cerca de quatro horas após o início do incidente, um aluno ferido se jogou do segundo andar da escola e foi pego por policiais.
Policiais da tropa do esquadrão especial Swat invadiram o prédio em busca dos suspeitos.
Os policiais que entraram no prédio disseram ter visto inúmeras marcas de bala e vários corpos espalhados pelo chão, principalmente na lanchonete. Eles encontraram na biblioteca corpos de dois jovens vestidos de preto.
Segundo o xerife de Jefferson County, John Stone, esses corpos são de 2 dos 3 suspeitos do que ele descreveu como uma aparente "missão suicida". Uma estudante disse que viu um dos atiradores invadir a biblioteca e atirar à queima-roupa em quem estava lá.
"Todo mundo perto de mim foi atingido. Eu implorei por dez minutos para ele não atirar em mim e ele só colocou a arma em minha cara", disse a garota à TV CNN.
Às 20h30 de ontem (horário de Brasília), estava previsto um pronunciamento na TV do presidente Bill Clinton sobre o caso.
Nos últimos 18 meses, pelo menos 14 pessoas foram mortas e outras 40 ficaram feridas em incidentes como esse em escolas nos EUA, segundo a agência Reuters.


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