São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011 |
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Síria vive novo dia de protestos, e 26 pessoas são mortas Cerca de 1.400 refugiados cruzam a fronteira com o Líbano em uma semana, a maioria mulheres e crianças Manifestações contra o governo ocorreram por todo o país; polícia abriu fogo contra civis e deixou vários feridos DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Milhares de pessoas saíram às ruas da Síria ontem em protestos contra o governo. Forças de segurança reagiram reprimindo as mobilizações com violência. Ao menos 26 manifestantes foram mortos e centenas ficaram feridos, segundo ativistas. Ontem, aconteceram protestos desde Banias e Latakia, na costa mediterrânea, até Homs, Deir Ezzor, Qamishli (no leste) e Hauran, no sul. A polícia teria aberto fogo contra os manifestantes e usado gás lacrimogêneo. Segundo testemunhas, manifestantes gritavam "liberdade" e pediam "a queda do regime". Em Albu Kamal, fronteira com o Iraque, um morador contou que uma multidão colocou fogo em um prédio do governo e invadiu uma prisão, libertando detentos. Cerca de 20 mil pessoas saíram às ruas em Hama, perto de Damasco. A onda de protestos no país já dura mais de dois meses e a ONU estimou em 850 o número de mortos. ONGs locais calculam que 10 mil foram presos. O avanço das manifestações acontece um dia depois de os Estados Unidos terem imposto novas sanções à Síria e condenado publicamente a repressão do governo de Bashar Assad. A União Europeia também deve ampliar sanções ao país na próxima semana. Damasco condenou o bloqueio, afirmando que "prejudicava o povo sírio e servia aos interesses de Israel". FRONTEIRA Na última semana, cerca de 1.400 sírios cruzaram a fronteira com o Líbano em busca de refúgio, informou o Acnur (agência da ONU para Refugiados). A maioria fugiu apenas com a roupa do corpo e alguns pertences. Desde abril, 4.000 refugiados sírios teriam cruzado a fronteira. "A maior parte são mulheres e crianças", disse o porta-voz do Acnur, Andrej Mahecic, em Genebra. Muitos foram acolhidos por parentes e alguns estão abrigados em uma escola em Tall Biri, no norte do Líbano. Texto Anterior: Análise: Primeiro-ministro prefere comprar briga com EUA a confrontar gabinete Próximo Texto: Líbia: Otan destrói oito navios de guerra da Marinha de Muammar Gaddafi Índice | Comunicar Erros |
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