São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011

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Interesse sobre dívida americana é restrito

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

O debate sobre o endividamento do governo americano -que envolve tanto o teto do deficit ante a iminência de calote quanto o modo de enxugar o Orçamento- monopoliza os políticos e a mídia nos EUA, mas não ressoa da mesma forma entre o eleitorado, mostram pesquisas. Segundo levantamento divulgado ontem pelo Gallup, só 16% acreditam que a dívida seja hoje o maior problema dos EUA.
É o mesmo número de abril e bem inferior aos que priorizam a economia como um todo (31%) e o desemprego (27%), cujo índice em junho ficou em 9,2%
"Os americanos continuam achando que a economia e o desemprego são o maior problema do país, com a dívida em terceiro lugar", escreve Frank Newport, editor-chefe do Gallup.
"De forma geral, 3 em 4 americanos acham que o pior problema que o país enfrenta tem a ver com a economia." Essa percepção de que as negociações travadas no Congresso são menos importantes também aparece em um levantamento do instituto Pew divulgado na segunda.
Enquanto 40% dos entrevistados consideram essencial que o teto de endividamento seja elevado até a data-limite (2 de agosto), outros 39% afirmam que nada grave acontecerá se o prazo passar. E 21% dizem "não saber".

ELEIÇÃO
Levantamentos da CBS e do "Washington Post" indicam que a rejeição à atitude republicana no debate é muito maior do que a desaprovação ao comportamento de Obama (71% a 48% na CBS, e 77% a 58% no "Post").
Mesmo assim, o presidente democrata perdeu terreno na corrida eleitoral e está hoje oito pontos atrás de seu adversário republicano, qualquer que seja ele.
O governo dos EUA atinge o teto da dívida -US$ 14,3 trilhões, quase o PIB do país- no próximo dia 2.
Enquanto a oposição republicana só aceita subir esse teto se for aprovado um pacote para enxugar o Orçamento sem elevar impostos, os democratas e alguns conservadores mais ao centro querem combinar uma maior arrecadação aos cortes.
Ontem, Obama abriu a porta para uma solução provisória caso os líderes no Congresso apresentem um projeto bipartidário amplo com chances de ser aprovado.


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