DA REDAÇÃO

A União Européia anunciou ontem que não restabelecerá o financiamento do combustível para geração de eletricidade na faixa de Gaza enquanto não for assegurado que o dinheiro não está sendo desviado.
A UE, que pagava pela geração de energia em Gaza, declarou recear que o grupo radical islâmico Hamas, que controla a região desde junho, esteja desviando essa verba para outros fins. Como conseqüência, desde anteontem cerca de 1,4 milhão de palestinos estão sem energia elétrica ou submetidos a cortes constantes de força.
Em nota, a UE afirmou que o suprimento à usina de energia será restabelecido assim que "recebermos as garantias apropriadas de que o dinheiro será usado exclusivamente em benefício da população", sem esclarecer que garantias seriam essas.
Já o Hamas afirma que o rival político Fatah, partido laico que controla a Cisjordânia, acusa-o injustamente de desviar esse dinheiro.
Desde junho deste ano, quando o fracasso do governo de coalizão entre Fatah e Hamas gerou a fragmentação da administração palestina, EUA, UE e Israel têm apoiado o partido laico como único interlocutor palestino legítimo, isolando assim o Hamas.
Também ontem em Gaza, Israel matou seis militantes do Hamas, de acordo com informações de fontes palestinas. O grupo islâmico prometeu retaliar.