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Caracas e Bogotá iniciam comissões de temas bilaterais
Chancelarias de ambos países se dizem otimistas sobre reuniões que devem levar propostas aos presidentes
São criados 5 grupos de trabalho que vão definir a agenda sobre questões de fronteira e economia entre as nações vizinhas
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Venezuela e Colômbia deram início ontem às cinco comissões bilaterais que vão
tratar do restabelecimento
das relações diplomáticas e
comerciais entre os países.
Em 22 julho, o presidente
venezuelano, Hugo Chávez,
rompeu diplomaticamente
com a Colômbia após o ex-presidente Álvaro Uribe acusar a Venezuela de admitir as
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em
seu território.
Após sua posse, o atual
mandatário colombiano,
Juan Manuel Santos, assinou
com Chávez um acordo para
retomar a relação.
Em Caracas, os chanceleres Nicolás Maduro (Venezuela) e María Angela Holguín (Colômbia) se reuniram
acompanhados dos ministros da Defesa e do Comércio
de ambos os países, além de
outros membros do governo
e da iniciativa privada.
"Vamos ter de fazer um
grande esforço para conversar com a maior franqueza
possível e começar a armar
uma agenda de temas de cooperação e de decisões para
propor aos presidentes", disse Maduro sobre o encontro.
A chanceler colombiana
afirmou estar "muito otimista" de que a reunião irá "colocar as bases de uma relação
estável e duradoura" que
permitirá a "união real de
dois povos que são irmãos".
COMISSÕES
São duas comissões para
temas econômicos e três para
questões de fronteira.
Até dois anos atrás, a Venezuela era o segundo maior
parceiro comercial da Colômbia, atrás dos EUA, com US$
6 bilhões em exportações.
Neste ano, calcula-se que serão US$ 1,5 bilhões.
O principal motivo da queda foi o congelamento das relações entre os dois países,
em 2009, em decorrência do
acordo militar entre EUA e
Colômbia, permitindo a militares americanos o uso de bases no território colombiano.
Uma outra comissão econômica abordará o pagamento da dívida de US$ 800
milhões a exportadores colombianos.
ATENTADO
As três comissões que debaterão sobre os 2.200 quilômetros de fronteira entre os
países vão tratar de infraestrutura, segurança e projetos
sociais.
A questão da segurança
permanece uma dificuldade
para Bogotá. O governo disse
ontem que enfrenta dificuldades na investigação de um
atentado que deixou oito
pessoas feridas e danificou
várias edificações.
Grupos paramilitares de
direita e guerrilhas e esquerda estão entre os suspeitos.
Ontem, entretanto, um líder
das Farc foi morto em combate com as tropas do governo.
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