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NY faz plano para reduzir ainda mais mortes no trânsito
Motorista homem virando à esquerda em cruzamento representa pior cenário para o pedestre, afirma estudo
Entre os projetos está a recomendação para que pessoas nas calçadas caminhem na direção contrária à dos carros
DE SÃO PAULO
Um estudo feito pelo Departamento de Transporte de
Nova York guiará a reestruturação que o prefeito Michael
Bloomberg promove na cidade com intuito de reduzir ainda mais as mortes no trânsito. Foram 256 no ano passado, menor índice desde 1910,
quando o estudo começou.
Para efeito de comparação, na cidade de São Paulo,
em 2009, o trânsito matou
701 pessoas. A cidade possui
estimados 11 milhões de habitantes contra 19,5 milhões
de Nova York.
No estudo nova-iorquino
foram analisados 7.000 acidentes ocorridos de 2002 a
2006 que deixaram pelo menos um pedestre morto ou
gravemente ferido.
Entre as conclusões do estudo, tido como o mais ambicioso já feito por uma cidade
dos EUA, está a de que motoristas homens foram responsáveis por 80% dessas colisões. E eles têm nas mãos
57% de todos os veículos registrados em Nova York.
O estudo revelou ainda
que, ao contrário do que se
imaginava, táxis, ônibus e
caminhões respondem a menos acidentes com pedestres
do que os carros particulares.
Carros particulares estiveram envolvidos em 79% dos
acidentes graves com pedestres enquanto táxis responderam por 13%; caminhões,
por 4% e ônibus, por 3%.
Os táxis respondem a apenas 2% dos veículos registrados em Nova York.
PROBABILIDADES
Outra conclusão é a de que
pedestres que atravessam fora das faixas de segurança se
envolvem em menos colisões
do que aqueles que seguem a
norma. Mas eles também têm
maior chance de morrer ou
sofrer ferimentos graves.
Pela análise, 43% dos pedestres mortos ou feridos em
Manhattan não viviam nas
proximidades. Na estatística,
o Brooklyn foi o bairro com o
maior número de vítimas e
Staten Island, com o menor.
O relatório diz que novembro e dezembro foram os piores meses para os pedestres
pela combinação das festas
com o entardecer mais cedo.
Já janeiro e fevereiro têm
drástica redução no tráfego.
Conforme o levantamento,
cerca e 40% das colisões envolvendo pedestres aconteceram das 15h às 21h e, em
36% dos casos, a desatenção
do motorista foi citada como
principal causa.
MUDANÇAS
O debate sobre a reestruturação já provoca críticas.
Entre as mudanças previstas estão proibir veículos de
circular em algumas grandes
avenidas e acabar com centenas de vagas para estacionamento para dar lugar a ciclovias e calçadas, além de instalar relógios de contagem
regressiva em cruzamentos.
O projeto começará a ser
implantado em 2011, com o
fim de dezenas de vagas de
estacionamento numa grande avenida de Manhattan -a
prefeitura não revela qual.
Esse teste deverá impactar
no cenário mais comum dos
acidentes envolvendo pedestres: carros virando à esquerda, em cruzamentos.
Outra medida que terá como alvo o mesmo cenário será uma campanha educativa
para que os pedestres procurem caminhar no contramão.
A campanha também servirá para lembrar o limite de
velocidade: 30 milhas/hora
(menos de 50 km/h).
Com o "New York Times"
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