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CROÁCIA
Igreja obstrui busca da ONU, diz promotora
DA REDAÇÃO
A promotora da ONU Carla del
Ponte afirmou ontem que a Igreja
Católica, no mínimo, não ajuda a
organização a encontrar um acusado de crimes de guerra, o general croata Ante Gotovina.
Gotovina é acusado de comandar o assassinato de 150 sérvios e
está foragido desde 2001.
Segundo a promotora, há suspeitas de que Gotovina tenha recebido ajuda de uma rede de monastérios católicos na Croácia.
Segundo a porta-voz Florence
Hartmann, Carla del Ponte concluiu que, se as autoridades da
igreja "dessem ordem para não
abrigar suspeitos de crime de
guerra, se dessem assistência à
justiça, fugitivos não receberiam
proteção em monastérios".
Vaticano pede provas
Del Ponte reclama que seus pedidos de investigação não foram
atendidos pela igreja. Segundo o
Vaticano, seu chanceler, o arcebispo Giovanni Lajolo, havia pedido provas de que o general estivesse em propriedades da igreja
para então "entrar em contato
com as autoridades eclesiásticas
competentes", mas a promotora
não as teria fornecido.
O primeiro-ministro croata, Ivo
Sanader, disse ontem: "Pelas informações de que dispomos, Gotovina não está na Croácia".
O Ministério do Interior do país
informou que pistas de 2004 indicando que o fugitivo estaria num
mosteiro eram infundadas.
A Conferência dos Bispos da
Croácia considerou a crítica da
promotora "uma alegação infundada contra a igreja, e o papa Bento 16" e negou conhecimento do
paradeiro do general.
Com agências internacionais
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