São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2005

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CROÁCIA

Igreja obstrui busca da ONU, diz promotora

DA REDAÇÃO

A promotora da ONU Carla del Ponte afirmou ontem que a Igreja Católica, no mínimo, não ajuda a organização a encontrar um acusado de crimes de guerra, o general croata Ante Gotovina.
Gotovina é acusado de comandar o assassinato de 150 sérvios e está foragido desde 2001.
Segundo a promotora, há suspeitas de que Gotovina tenha recebido ajuda de uma rede de monastérios católicos na Croácia.
Segundo a porta-voz Florence Hartmann, Carla del Ponte concluiu que, se as autoridades da igreja "dessem ordem para não abrigar suspeitos de crime de guerra, se dessem assistência à justiça, fugitivos não receberiam proteção em monastérios".

Vaticano pede provas
Del Ponte reclama que seus pedidos de investigação não foram atendidos pela igreja. Segundo o Vaticano, seu chanceler, o arcebispo Giovanni Lajolo, havia pedido provas de que o general estivesse em propriedades da igreja para então "entrar em contato com as autoridades eclesiásticas competentes", mas a promotora não as teria fornecido.
O primeiro-ministro croata, Ivo Sanader, disse ontem: "Pelas informações de que dispomos, Gotovina não está na Croácia".
O Ministério do Interior do país informou que pistas de 2004 indicando que o fugitivo estaria num mosteiro eram infundadas.
A Conferência dos Bispos da Croácia considerou a crítica da promotora "uma alegação infundada contra a igreja, e o papa Bento 16" e negou conhecimento do paradeiro do general.


Com agências internacionais

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