|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Irã quer ter a bomba, o que é inaceitável, diz Sarkozy
Presidente francês volta a defender sanções mais duras contra Teerã, mas Rússia e China devem vetar proposta em reunião hoje nos EUA
DA REDAÇÃO
O Irã quer a bomba atômica,
e isso é inaceitável, disse ontem
o presidente da França, Nicolas
Sarkozy, voltando a se expressar a favor de sanções mais duras contra o país islâmico. Hoje
os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança
da ONU e a Alemanha se reúnem em Washington para discutir a idéia, que continua a sofrer resistências de ao menos
dois deles, China e Rússia.
Em entrevista aos canais
France 2 e TF1, Sarkozy negou
que a França esteja flertando
com a idéia de uma guerra com
o Irã, como muitos interpretaram uma polêmica declaração
nesta semana de seu chanceler,
Bernard Kouchner. Mas manteve sua desconfiança com as
ambições nucleares de Teerã.
"O Irã quer a bomba nuclear", disse Sarkozy, desafiando o discurso do Irã de que suas
pretensões se limitam à produção de energia. "É inaceitável."
No início da semana o chanceler francês provocou polêmica ao afirmar que a França deveria "se preparar para o pior, e
o pior é a guerra", caso o Irã desenvolva armas nucleares. Nos
dias seguintes ele se retratou
várias vezes, culpando a imprensa pelo mal-entendido.
O programa nuclear iraniano
"é um assunto extremamente
difícil, mas a França não quer a
guerra", reiterou ontem Sarkozy, que endureceu de forma
significativa a posição francesa
em relação ao Irã desde que assumiu a Presidência, em maio.
Para ele, sanções mais duras
são necessárias para forçar o
Irã a suspender seu programa
de enriquecimento de urânio.
No encontro de hoje em
Washington, porém, a perspectiva é de que a idéia esbarre na
Rússia e na China, que preferem dar uma chance ao acordo
feito pela agência de energia
atômica da ONU com Teerã para esclarecer as dúvidas sobre o
polêmico programa de enriquecimento de urânio.
Visitante incômodo
A presidente da Câmara de
Vereadores de Nova York pediu
à Universidade Columbia que
retire o convite feito ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para um debate na
próxima segunda, quando ele
estará na cidade para discursar
na Assembléia da ONU.
"Uma troca de idéias não deveria incluir terrorismo patrocinado por Estados e discursos
de ódio", escreveu Christine
Quinn à universidade. Ahmadinejad já causara polêmica ao dizer que gostaria de visitar o local onde ficavam as Torres Gêmeas, destruídas no 11 de Setembro. A polícia de Nova York
negou autorização para a visita.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Líbano: Premiê pede à ONU que apure assassinato Índice
|