São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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Irã quer ter a bomba, o que é inaceitável, diz Sarkozy

Presidente francês volta a defender sanções mais duras contra Teerã, mas Rússia e China devem vetar proposta em reunião hoje nos EUA

DA REDAÇÃO

O Irã quer a bomba atômica, e isso é inaceitável, disse ontem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, voltando a se expressar a favor de sanções mais duras contra o país islâmico. Hoje os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha se reúnem em Washington para discutir a idéia, que continua a sofrer resistências de ao menos dois deles, China e Rússia.
Em entrevista aos canais France 2 e TF1, Sarkozy negou que a França esteja flertando com a idéia de uma guerra com o Irã, como muitos interpretaram uma polêmica declaração nesta semana de seu chanceler, Bernard Kouchner. Mas manteve sua desconfiança com as ambições nucleares de Teerã.
"O Irã quer a bomba nuclear", disse Sarkozy, desafiando o discurso do Irã de que suas pretensões se limitam à produção de energia. "É inaceitável."
No início da semana o chanceler francês provocou polêmica ao afirmar que a França deveria "se preparar para o pior, e o pior é a guerra", caso o Irã desenvolva armas nucleares. Nos dias seguintes ele se retratou várias vezes, culpando a imprensa pelo mal-entendido.
O programa nuclear iraniano "é um assunto extremamente difícil, mas a França não quer a guerra", reiterou ontem Sarkozy, que endureceu de forma significativa a posição francesa em relação ao Irã desde que assumiu a Presidência, em maio.
Para ele, sanções mais duras são necessárias para forçar o Irã a suspender seu programa de enriquecimento de urânio.
No encontro de hoje em Washington, porém, a perspectiva é de que a idéia esbarre na Rússia e na China, que preferem dar uma chance ao acordo feito pela agência de energia atômica da ONU com Teerã para esclarecer as dúvidas sobre o polêmico programa de enriquecimento de urânio.

Visitante incômodo
A presidente da Câmara de Vereadores de Nova York pediu à Universidade Columbia que retire o convite feito ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para um debate na próxima segunda, quando ele estará na cidade para discursar na Assembléia da ONU.
"Uma troca de idéias não deveria incluir terrorismo patrocinado por Estados e discursos de ódio", escreveu Christine Quinn à universidade. Ahmadinejad já causara polêmica ao dizer que gostaria de visitar o local onde ficavam as Torres Gêmeas, destruídas no 11 de Setembro. A polícia de Nova York negou autorização para a visita.


Com agências internacionais


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