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Ataque dos EUA mata família de 6
DA REDAÇÃO
Ataques americanos em Fallujah mataram uma família inteira
em uma operação de combate a
insurgentes liderados pelo terrorista Abu Musab al Zarqawi, ligado à Al Qaeda.
Uma testemunha da agência de
notícias Reuters viu um homem,
uma mulher e quatro crianças
-dois meninos e duas meninas- sendo arrastados para fora
dos escombros de uma casa destruída nos ataques dos EUA. Fallujah, controlada por rebeldes, fica a cerca de 50 km de Bagdá.
Os EUA negaram ter matado a
família, dizendo que os ataques
foram apenas contra locais usados como esconderijos por rebeldes ligados a Al Zarqawi.
"Fontes no serviço de inteligência indicam que um conhecido
propagandista ligado a Al Zarqawi está passando informações falsas à mídia", diz nota do Exército.
Mas imagens captadas pela
equipe de TV da Reuters mostravam homens entoando preces enquanto carregavam o corpo do
pai da família de seis membros.
"É esse o presente que [o premiê
interino do Iraque] Iyad Allawi
está dando ao povo de Fallujah?",
indagou um homem, apontando
para os corpos de duas das crianças mortas, estendidos no porta-malas de um carro. "Todos os dias
eles atacam Fallujah."
Pelo menos oito civis foram
mortos e 11 soldados americanos
ficaram feridos em conflitos em
Samarra, uma cidade no norte do
país que o Exército americano
dissera que havia pacificado após
uma ofensiva no início do mês.
Explosões de dois carros-bomba mataram uma criança e feriram um civil no centro da cidade,
afirmou o Exército. Um policial
disse que oito civis morreram e 12
ficaram feridos em conflitos.
Eleição
O chanceler iraquiano, Hoshyar
Zebari, afirmou ontem que a
atuação da ONU tem deixado a
desejar no que diz respeito às eleições em janeiro próximo. Ele
comparou os 25 especialistas que
a organização planeja enviar ao
país com os 300 que enviou ao Timor Leste para auxiliar no pleito.
Além de ter reduzido o pessoal
para as eleições a um décimo do
que planejava, a ONU não faz
mais objeções a usar soldados
americanos para garantir a segurança de seus funcionários no Iraque, segundo fontes na organização. O secretário-geral, Kofi Annan, disse ontem que a tentativa
de formar brigada independente
"não teve muito sucesso".
O premiê britânico, Tony Blair,
disse ao Parlamento que o objetivo de um eventual envio de tropas
britânicas ao Iraque, conforme
pedido dos EUA, seria o de estabilizar o país e não o de reeleger o
presidente George W. Bush.
Com agências internacionais
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