São Paulo, quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Premiê de Israel quer mudar leis de guerra para "deter terrorismo"

Medida é reação a cerco internacional por supostos crimes cometidos em Gaza

DA REDAÇÃO

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, ordenou ontem ao seu gabinete que estude a possibilidade de propor alterações à legislação de guerra internacional a fim de adaptá-la à necessidade de "conter a expansão do terrorismo no mundo".
Em uma reunião ministerial extraordinária, Netanyahu determinou também a criação de uma comissão para lidar com os aspectos legais de eventuais processos por crimes de guerra contra autoridades de Israel.
As determinações são uma reação à aprovação, na última sexta, pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU de resolução condenando políticas do país e endossando o relatório Goldstone, que acusa Israel e o Hamas de crimes de guerra no conflito de Gaza -no qual morreram 1.400 palestinos e 13 israelenses no começo do ano.
O texto, em termos bem mais duros com Israel, prevê eventual -embora improvável- remissão do tema, entre outras instâncias, ao Tribunal Penal Internacional, podendo gerar processos contra autoridades.
"Nosso objetivo é deslegitimar essa tentativa continuada de deslegitimar Israel", disse o premiê na reunião. O líder direitista instruiu os auxiliares, de acordo com comunicado divulgado, a "examinar possível iniciativa internacional para alterar o direito de guerra".
Sobre a comissão especial, Netanyahu disse que a medida se justifica ante a perspectiva de "processos legais no exterior contra o Estado de Israel e cidadãos", além de pressionar o governo dos EUA a vetar a apreciação do tema na ONU.
A possibilidade da abertura de uma comissão de inquérito para apurar possíveis abusos das Forças Armadas do país na ofensiva de dezembro e janeiro sobre Gaza não foi discutida.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Análise: EUA colhem frutos de corrida às urnas
Próximo Texto: Igreja Católica abre as portas à conversão em massa de anglicanos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.