|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Premiê de Israel quer mudar leis de guerra para "deter terrorismo"
Medida é reação a cerco internacional por supostos crimes cometidos em Gaza
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Binyamin
Netanyahu, ordenou ontem ao
seu gabinete que estude a possibilidade de propor alterações
à legislação de guerra internacional a fim de adaptá-la à necessidade de "conter a expansão do terrorismo no mundo".
Em uma reunião ministerial
extraordinária, Netanyahu determinou também a criação de
uma comissão para lidar com
os aspectos legais de eventuais
processos por crimes de guerra
contra autoridades de Israel.
As determinações são uma
reação à aprovação, na última
sexta, pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU de resolução condenando políticas do
país e endossando o relatório
Goldstone, que acusa Israel e o
Hamas de crimes de guerra no
conflito de Gaza -no qual morreram 1.400 palestinos e 13 israelenses no começo do ano.
O texto, em termos bem mais
duros com Israel, prevê eventual -embora improvável- remissão do tema, entre outras
instâncias, ao Tribunal Penal
Internacional, podendo gerar
processos contra autoridades.
"Nosso objetivo é deslegitimar essa tentativa continuada
de deslegitimar Israel", disse o
premiê na reunião. O líder direitista instruiu os auxiliares,
de acordo com comunicado divulgado, a "examinar possível
iniciativa internacional para alterar o direito de guerra".
Sobre a comissão especial,
Netanyahu disse que a medida
se justifica ante a perspectiva
de "processos legais no exterior
contra o Estado de Israel e cidadãos", além de pressionar o
governo dos EUA a vetar a
apreciação do tema na ONU.
A possibilidade da abertura
de uma comissão de inquérito
para apurar possíveis abusos
das Forças Armadas do país na
ofensiva de dezembro e janeiro
sobre Gaza não foi discutida.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Análise: EUA colhem frutos de corrida às urnas Próximo Texto: Igreja Católica abre as portas à conversão em massa de anglicanos Índice
|