São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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CONFLITO NA ÁFRICA

ONU enviará 3.000 militares adicionais à missão no Congo

DA REDAÇÃO

O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem, por unanimidade, o envio de reforços para a Missão de Paz na República Democrática do Congo (Monuc), acuada em meio ao conflito no leste do país. A resolução, proposta pela França, prevê o envio de 2.785 militares e 300 policiais, que reforçarão o efetivo de 17 mil capacetes azuis.
Com o aumento, a ONU busca garantir uma estabilidade mínima, que facilite a mediação entre o governo e o general renegado Laurent Nkunda, líder dos rebeldes tutsis que controlam grande parte da região da fronteira com Ruanda. A área, rica em minérios, é disputada por insurgentes tutsis, governo, milícias hutus remanescentes do genocídio de Ruanda e paramilitares locais.
A ONU não informa quais os países que cederão as tropas adicionais, mas é provável a participação de nações africanas como Angola, cujos militares já estão em alerta. O atual contingente não inclui nações desenvolvidas.
A proposta francesa de enviar reforços da União Européia à Monuc, alternativa vista com entusiasmo por especialistas ouvidos pela Folha, foi derrotada em encontro dos ministros da Defesa do bloco. A hipótese, porém, não está descartada, insiste o embaixador francês na ONU, Jean-Maurice Ripert.
A resolução prevê que as tropas permaneçam por cerca de nove meses, "se os grupos armados e o Exército congolês colaborarem com o plano de desarmamento" e manutenção da paz. Até o final do ano, o Conselho de Segurança revisará os termos da Monuc, cujo mandato expira em 31 de dezembro.


Com agências internacionais


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