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Para ONU, Ceuta e Melilla são espanholas
DO ENVIADO A CEUTA
Embora contestada pelo
Marrocos, a soberania da
Espanha sobre os enclaves
de Ceuta e Melilla é amplamente reconhecida.
A ONU e a União Europeia consideram as cidades uma extensão do território espanhol.
Mas muitos países da Liga Árabe e da União Africana apoiam Marrocos,
que reivindica os enclaves
desde que conquistou a independência da França,
em 1956.
Situados perto do estreito de Gibraltar, área de histórica importância estratégica e comercial, os enclaves sempre foram disputados por árabes, berberes,
ibéricos e até vikings.
O domínio mudou de
mãos muitas vezes, o que
dificulta o debate sobre a
legitimidade de soberania.
Rabat diz que os territórios são resquícios do colonialismo europeu na África, e lembra que dinastias
islâmicas controlavam as
áreas já no século 8.
Marrocos alega que a
natureza da reivindicação
sobre Ceuta e Melilla é a
mesma que a Espanha manifesta em relação a Gibraltar, em poder da Grã-Bretanha desde 1714.
Madri nega o paralelo e
diz que, após retomar a península Ibérica dos árabes, a coroa espanhola reina sobre os enclaves desde
o século 15, muito antes da
formação do Marrocos como Estado-nação.
Os moradores muçulmanos das áreas viveram
num limbo jurídico até os
anos 80, quando receberam cidadania espanhola.
Madri hoje incentiva nativos da península a migrar para os enclaves para
compensar o crescimento
demográfico da população muçulmana.
ACESSO RESTRITO
Marroquinos que moram perto dos enclaves
têm direito de entrar livremente. Os demais precisam pedir visto.
O vaievém na fronteira
sustenta a economia dos
enclaves, que vivem do
status de zona franca, paraíso de turistas e contrabandistas marroquinos.
Mas a tensão é latente.
Visitas de líderes espanhóis sempre enfurecem
Rabat. Em 2002, os dois
países quase entraram em
guerra por causa de uma
ilhota no Mediterrâneo.
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