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Popularidade de Berlusconi sobe após ataque
Aprovação a premiê italiano vai de 48,6% a 55,7% na primeira pesquisa divulgada depois de ele ter sido agredido com suvenir
Em primeiras declarações
públicas após episódio,
governante acusa oposição
e mídia de criarem clima
político propício à agressão
Fabrizio Radaelli - 18.dez.09/France Presse
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Flores são entregues na residência nas proximidades de Milão onde o primeiro-ministro Silvio Berlusconi se recupera de agressão
DA REDAÇÃO
A aprovação ao primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, subiu sete pontos após a
agressão sofrida pelo político
conservador há uma semana e
superou a barreira dos 50%.
Uma pesquisa feita pelo instituto Ispo e divulgada ontem
pelo jornal "Corriere della Sera" mostra que 55,9% dos italianos aprovam Berlusconi,
contra 48,6% na pesquisa anterior, de novembro.
O levantamento mostra que
a avaliação positiva do premiê
avançou principalmente entre
os jovens e os católicos -Berlusconi foi atingido no rosto
com uma réplica da catedral de
Milão.
A agressão perpetrada por
Massimo Tartaglia, 42, deixou
o primeiro-ministro com o nariz fraturado e dois dentes quebrados. Após passar quatro dias
no hospital, ele se recupera
desde quinta-feira em sua casa
nos arredores de Milão, com recomendação médica de repousar por 15 dias.
De lá, o premiê falou ontem
pela primeira vez em público
sobre a agressão, por meio de
um telefonema ao líder de seu
partido, o PDL (Povo da Liberdade), em Verona, nordeste do
país, onde foi realizado ontem
um comício em apoio ao primeiro-ministro.
"Mente fraca"
Berlusconi culpou o clima de
crispação política no país pela
agressão que sofreu. Nos últimos meses, o premiê viu seu
nome envolvido em escândalos
sexuais e judiciais que motivaram uma pressão da oposição
para que renunciasse ao cargo.
"Está claro para todos que, se
acusam um primeiro-ministro
de corromper adolescentes e
testemunhas, se o acusam de
atentar contra a liberdade de
imprensa, de ser um mafioso,
um genocida e um tirano, então
alguém com mente fraca pode
ser convencido de que matar o
tirano faria dele um herói nacional", disse o premiê. Tartaglia tem um histórico de doenças mentais.
Berlusconi cobrou que, após
esse episódio, a oposição
aprenda a respeitar seus adversários políticos sem considerá-los inimigos. "Nós já o fazemos
com os outros e gostaríamos
que eles também o fizessem conosco", afirmou.
O primeiro-ministro disse
que seguirá adiante "para o
bem do país" e repetiu o lema
que já vinha usando durante a
semana em comunicados escritos: "O amor e a solidariedade
sempre vencem a inveja e o
ódio".
Berlusconi enfrenta processos por denúncias de suborno e
evasão fiscal -as causas foram
reabertas em outubro, depois
que a Justiça considerou ilegal
uma lei que dava imunidade ao
premiê enquanto estivesse no
cargo-, foi acusado de manter
relações com menores de idade
e prostitutas à margem de seu
casamento e recentemente teve seu nome ligado à máfia.
O premiê contesta todas as
acusações e as atribui a uma
perseguição da imprensa e de
juízes "esquerdistas".
Com agências internacionais
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