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HONDURAS
Interino deixa sede do governo a 5 dias da posse de líder eleito
DA REDAÇÃO
O presidente golpista de
Honduras, Roberto Micheletti, anunciou ontem que
deixará o palácio presidencial hondurenho e que não
estará mais à frente do governo até a posse do novo
mandatário, Porfirio Lobo,
na próxima quarta-feira.
Micheletti enfatizou que a
saída não significava uma renúncia, mas o desejo de adotar uma atitude discreta para
não atrapalhar a futura gestão. Às vésperas da eleição,
em novembro, ele também
se afastou temporariamente.
No poder desde o golpe de
Estado contra Manuel Zelaya em junho de 2009, Micheletti resistiu à pressão de
presidentes da região e organismos multilaterais para
que deixasse o cargo e aceitasse a volta do deposto.
Anteontem, Lobo assinou
documento no qual se compromete a dar salvo-conduto
para que Zelaya e seus familiares deixem Honduras.
Segundo o texto, tão logo
assuma, Lobo autorizará o
deposto a sair da embaixada
brasileira em Honduras, onde está há quatro meses, rumo à República Dominicana.
Ele e seus familiares serão
recebidos como "hóspedes".
Zelaya elogiou o "gesto" de
Lobo. Ontem, seu assessor
mais próximo, Rasel Tomé,
disse à local rádio Globo que
a partida do deposto não será
permanente: "Voltaremos ao
país para seguir esse processo com o povo hondurenho".
O procurador-geral da República, Luis Rubí, disse, porém, que a medida não livrará Zelaya dos processos contra ele -a maioria sobre tentativa de promover Constituinte considerada ilegal por
Congresso e Suprema Corte,
mas também por corrupção.
Lobo defende anistia geral
para envolvidos no golpe de
junho, além de apoiar a formação de uma Comissão da
Verdade para apurá-lo. O
presidente dominicano, Leonel Fernández, aliado de Zelaya, disse que o deposto pretende se radicar no México.
Com agências internacionais
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