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IUGOSLÁVIA
EUA responsabilizam sérvios e separatistas por impasse
Rebeldes de Kosovo insistem em independência e dificultam acordo
das agências internacionais
A secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright,
disse ontem não ter conseguido
convencer os líderes separatistas
de Kosovo de desistir de um referendo sobre a independência da
Província iugoslava.
Líderes da população de origem
albanesa, maioria em Kosovo,
aceitariam um acordo de paz, mas
exigem a garantia do referendo sobre a independência após três anos
de autonomia.
O Grupo de Contato (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Rússia) veta o referendo porque a proposta ameaça a integridade territorial da Iugoslávia e estimularia outros separatismos,
principalmente na Europa.
É quase certo que um referendo
em Kosovo resultaria na independência da Província, onde 90% da
população é de etnia albanesa.
O Grupo de Contato busca um
acordo de paz entre separatistas e
o governo do presidente iugoslavo,
Slobodan Milosevic, desde 6 de fevereiro em Rambouillet, na França. O prazo para chegar a um acordo termina amanhã.
O ultimato inicial era anteontem,
mas o prazo foi estendido porque,
segundo os mediadores, "as negociações tinham avançado o suficiente para justificar a alteração".
A Otan (aliança militar liderada
pelos EUA) ameaça atacar a Iugoslávia caso não haja acordo até
amanhã.
Do lado sérvio, o principal obstáculo para o tratado é a recusa em
aceitar tropas da Otan enviadas a
Kosovo para garantir a implementação de um eventual acordo. A Iugoslávia considera que a presença
da Otan ""fere a sua soberania".
O conflito em Kosovo já matou
mais de 2.000 pessoas em 11 meses.
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