São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2004

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GUERRA AO TERROR

Líder uzbeque pode estar cercado

Paquistão decreta um cessar-fogo em cerco a militantes da Al Qaeda

DA REDAÇÃO

O Exército do Paquistão decretou um cessar-fogo nos combates contra supostos membros da rede terrorista Al Qaeda na zona tribal localizada na fronteira do país com o Afeganistão, conhecida como Vaziristão.
De acordo com os militares paquistaneses, centenas de terroristas da Al Qaeda estão cercados há quase uma semana. Inicialmente, havia a suspeita de que o terrorista egípcio Ayman al Zawahiri -braço direito de Osama bin Laden- estivesse no local, mas essa informação foi desmentida anteontem pelas autoridades paquistanesas.
Líderes tribais receberam autorização do Exército para entrar na zona cercada. "Eles vão amanhã [hoje] com uma bandeira branca e uma ambulância para recolher os corpos", disse o brigadeiro Mahmood Shah, responsável pela segurança na região.
Shah afirmou que os líderes tribais devem exigir a libertação dos soldados capturados e a rendição dos militantes. Segundo ele, um cessar-fogo vigora na área, sem ataques de helicóptero ou uso de artilharia pesada. "Se eles não dispararem, nós não atiraremos de volta", disse Shah.
O Exército não informa quantas pessoas morreram nos combates da última semana. Autoridades locais dizem que cerca de 30 soldados e o mesmo número de militantes estão mortos.

Líder uzbeque
Os combates, que envolvem 5.000 militares, é a maior operação que o Paquistão já realizou na zona tribal e faz parte de uma ofensiva para capturar Bin Laden.
Em Islamabad, capital do Paquistão, 70 clérigos muçulmanos decretaram que os soldados mortos na operação contra a Al Qaeda morreram como infiéis.
Mais de cem supostos militantes já foram capturados na região do Vaziristão até agora.
Autoridades da inteligência paquistanesa afirmam que há uma possibilidade de que entre os cercados esteja Tahir Yuldashev, líder do Movimento Islâmico do Uzbequistão, que quer derrubar o governo uzbeque de Islam Karimov para implementar um Estado islâmico no país.


Com agências internacionais


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