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Ativista defende sacrifício de urso polar rejeitado pela mãe, mas é vencido
DA REDAÇÃO
Knut, um bebê urso polar de
apenas três meses do zoológico de Berlim, virou o queridinho da mídia alemã, estrela de
uma campanha ambiental e
pode ser visto em vídeos no site Youtube, tomando mamadeira e sendo penteado.
Tudo muito fofo até os ativistas de direitos dos animais
desatarem uma polêmica: disseram preferir ver o ursinho
morto a crescer domesticado,
paparicado por humanos.
É que "Cute Knut" [Knut
Fofinho], nome sob o qual ganhou fama, foi rejeitado pela
mãe quando nasceu no zoológico, em dezembro. Outro filhote, rejeitado, morreu dias
depois. O sobrevivente ficou
sob os cuidados de um funcionário do local, que toca canções de Elvis Presley para ele.
Mas o ativista de direitos dos
animais Frank Albrecht criticou violentamente a saga de
Knut. Em entrevista ao jornal
alemão "Bild", o de maior circulação no país, disse que "domesticar um urso popular não
é apropriado e uma violação
aos direitos dos animais". "Na
realidade, o filhote deveria ter
sido morto", completou.
A frase causou comoção e a
campanha pró-Knut chegou
ao Orkut, onde brasileiros
criaram comunidades, entre
elas "Deixe o Knut viver".
Depois, Albrecht declarou à
Associated Press que foi mal
interpretado pelo "Bild". Manteve a opinião de que o zoológico errou ao salvá-lo, mas disse
que, agora, não defende o assassinato de Knut.
Outros ativistas também dizem que o zoológico errou e
atacam a criação de Knut: argumentam que ele terá dificuldades de relacionamento com
outros de sua espécie.
O veterinário do zoológico
de Berlim, Andre Schuele, é categórico: o ursinho não será sacrificado. Schuele lembra que
urso polar é uma espécie em
extinção e que não tem lógica
matar o exemplar, o primeiro a
vingar no local em 30 anos.
Após posar para uma campanha ambiental, fotografado
por Annie Leibovitz, célebre
pelos retratos de famosos,
Knut fará seu début como
atração do zoológico na próxima semana.
Com agências internacionais
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