São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2011

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Rebeldes esperam mais ações estrangeiras

Combates com forças leais a Muammar Gaddafi se concentram na cidade de Ajdabiyah

SAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL A ZWETYNA (LÍBIA)

Repelidas da capital rebelde, Benghazi, tropas do ditador Muammar Gaddafi ganharam novo fôlego ao impor ontem resistência e baixas aos combatentes insurgentes, que pedem mais bombardeios internacionais contra alvos governistas.
A queda de braço entre insurgentes apoiados política e militarmente pelas potências aliadas e o Exército líbio se concentra em Ajdabiyah, cidade a 150 km de Benghazi.
Combatentes rebeldes que tentavam retomar Ajdabiyah, onde o Exército montou posições após recuar do avanço a leste no domingo, foram recebidos a tiros de canhão e disparos de foguetes.
Após bater em retirada, eles improvisaram uma base na beira da estrada à altura da aldeia de Zwetyna.
No local, onde a Folha esteve ontem, centenas de combatentes, a maioria jovens civis à paisana armados com fuzis Kalashnikov saqueados de bases militares, perambulavam, à espera de ordens superiores. Também havia dezenas de moradores, impedidos de voltar para casa por causa dos combates.
A cada instante, rebeldes a bordo de veículos voltavam a Zwetyna após fracassar em furar a barreira governista em Ajdabiyah. Os acessos estariam sob total controle das tropas de Gaddafi.
Carros traziam feridos, que eram recebidos pelo Crescente Vermelho. Casos mais graves eram encaminhados a hospitais de Benghazi.
O número de mortos variava entre um e nove. Segundo relatos de quem voltava do front, as ruas de Ajdabiyah estão cheias de corpos que não podem ser recolhidos.
"Saí de Benghazi achando que poderia entrar em Ajdabiyah para ajudar os feridos, mas a situação continua tensa", disse Hatem Hodairy, do Crescente Vermelho.


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