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Brasileiro bahá'í faz cobrança a diplomata do Irã
DE GENEBRA
Em meio aos desencontros
causados pela passagem do
presidente iraniano em Genebra, um encontro nos bastidores da conferência fez
um brasileiro constranger o
regime islâmico de Teerã.
Nomeado para fazer o relatório final do encontro por
indicação do Brasil, o carioca
Iradj Roberto Eghrari tomou
a iniciativa de abordar o embaixador do Irã em Genebra,
eleito como um dos vice-presidentes do principal comitê
da conferência.
Iradj é filho de iranianos
da fé bahá'í, que se mudaram
para o Rio de Janeiro na década de 50 para fugir da perseguição aos praticantes de
sua crença. Hoje ele é um dos
dirigentes da Comunidade
Bahá'í no Brasil.
A primeira surpresa do
embaixador Razavi Khorasan veio quando Iradj propôs
que a conversa fosse em farsi.
Após olhar o nome na credencial do brasileiro, o diplomata quis saber em que ano
seus pais haviam imigrado.
Segundo Iradj, o diplomata
entendeu qual era sua origem quando ele respondeu
1955, "o auge da perseguição
aos bahá'í".
Em seguida, o embaixador
quis saber se o brasileiro ainda tem parentes no Irã. Iradj
disse que não: "Estão todos
mortos ou fugiram". Segundo o brasileiro, cerca de 20
mil bahá'ís foram mortos no
século passado. A perseguição continuou após a Revolução Islâmica de 1979.
O brasileiro disse que não
quis manter o constrangimento e mudou de assunto.
"Estamos em trincheiras
opostas, mas aquele não era
o momento de confronto."
(MN)
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