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Paramilitares do Irã atuam na América Latina, diz Pentágono
De acordo com documento americano, presença de grupos é crescente "particularmente na Venezuela"
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
O Pentágono diz haver crescente presença de forças paramilitares ligadas à Guarda Nacional Revolucionária do Irã na
América Latina e "particularmente na Venezuela". A informação consta de relatório enviado ao Congresso americano.
Se o governo dos EUA, incluindo a secretária de Estado,
Hillary Clinton, já havia criticado a aproximação entre governos da região com Teerã, esta é
a primeira vez que um documento cita a existência de integrantes de forças paramilitares
no país de Hugo Chávez.
O texto diz que as forças
Qods, criadas nos anos 90, instalam-se nas embaixadas iranianas para realizar ações de
caridade e religioso-culturais
enquanto participam de ações
paramilitares "para apoiar extremistas e desestabilizar regimes inimigos" e que o grupo está bem estabelecido no Oriente
Médio e no norte da África.
Não há detalhes sobre a suposta presença dos paramilitares na Venezuela -o documento, desclassificado após a Cúpula de Segurança Nuclear, na semana passada em Washington,
se dedica a descrever o poderio
militar do Irã e diz que, "com
assistência estrangeira", o país
poderá ter até 2015 míssil balístico capaz de atingir os EUA.
Venezuela e Irã mantêm próxima relação desde 2005, quando Mahmoud Ahmadinejad
chegou ao poder. Os países têm
banco de desenvolvimento comum e empresas mistas no setor petrolífero e outros, todas
ações para fortalecer a aliança
anti-imperialista dos líderes.
Em 2009, Chávez acertou
enviar 20 mil de barris de gasolina diários ao Irã -o país não é
autossuficiente em refino-,
como ação preventiva ante
eventuais sanções internacionais impostas a Teerã pelo desenvolvimento de seu programa nuclear.
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