São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 2011

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Vargas Llosa ironiza Cristina sobre participação em feira

Nobel agradece presidente argentina por ida a evento literário

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES
PAULO WERNECK
EM BUENOS AIRES

Principal nome da 37ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, o escritor Mario Vargas Llosa ironizou a presidente Cristina Kircnher ao agradecê-la por ter intercedido a seu favor entre intelectuais governistas que tentaram barrá-lo do evento.
"Agradeço a ela e espero que esse ato em favor da liberdade de expressão e da liberdade na Argentina contagie todos os seus partidários e guie sua própria conduta", afirmou ontem o peruano.
Foi a única menção, em mais de uma hora e meia de conferência, que o Nobel de literatura fez à polêmica que precedeu sua participação na feira. Intelectuais pró governo tentaram barrá-lo da festa por causa de suas posições políticas -ontem ele fez questão de reafirmar sua convicção no "liberalismo".
O porta-voz do pedido foi Horácio González, presidente da Biblioteca Nacional, que justificou o veto alegando que o autor não é "adepto à corrente de ideias que abriga a sociedade argentina".
Vargas Llosa disse que critica a Argentina ou qualquer país por ser "livre para fazer isso" e por considerar suas políticas "equivocadas".
"O que houve com um país que no início do século 20 era um dos mais ricos do mundo? A Argentina perdeu oportunidades incríveis. Criticar isso não é hostilidade."
Muito aplaudido, disse que a "tolerância finalmente está fincando raízes na América Latina", citando Brasil, Peru, Uruguai e El Salvador.


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