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Ataque palestino a Sderot mata israelense
Intensifica-se confronto entre extremistas islâmicos e Israel, que ameaça assassinar líderes do Hamas
DA REDAÇÃO
O conflito entre Israel e os
grupos palestinos Jihad Islâmico e Hamas fez ontem sua primeira vítima do lado israelense. Uma mulher de 35 anos de
idade morreu na cidade israelense de Sderot, após seu carro
ser atingido por um foguete
disparado de Gaza.
Desde o início dos confrontos entre os dois grupos radicais islâmicos e o Exército israelense, na semana passada,
cerca de 150 foguetes foram
disparados contra o território
de Israel, sobretudo Sderot,
próxima à faixa de Gaza.
Os foguetes que mataram a
israelense e feriram duas outras pessoas atingiram a cidade
quando Javier Solana, representante diplomático da União
Européia, visitava a cidade em
companhia da chanceler de Israel, Tzipi Livni. Nenhum deles
se feriu com a explosão.
A visita de Solana a Israel
tem como objetivo incentivar a
retomada das negociações de
paz entre israelenses e palestinos. A UE integra -com a
ONU, os EUA e a Rússia- o
Quarteto, grupo criado para
mediar as negociações de paz
entre os dois povos. O Quarteto
congelou a ajuda financeira ao
governo palestino após a vitória eleitoral do Hamas, em
2006. O envio de parte da ajuda
foi retomado há alguns meses.
Morte aos líderes
Ontem, já antes do ataque a
Sderot, Israel cumpria a promessa feita no domingo de intensificar os bombardeios, em
Gaza e na Cisjordânia, a alvos
do Hamas e do Jihad Islâmico.
Ontem, em dois ataques distintos, cinco palestinos foram
mortos. Segundo autoridades
israelenses, quatro deles integravam o Jihad Islâmico. Com
esses, são mais de 40 os palestinos mortos em uma semana.
Além da intensificação dos
ataques, o governo israelense
declarou que pode se empenhar em matar líderes do Hamas. "Nós não podemos diferenciar aqueles que ordenam
os ataques daqueles que os executam", afirmou Miri Elsin,
porta-voz do governo.
No domingo Israel já havia
atacado a casa de um parlamentar do Hamas, em Gaza. O
deputado Khalil al Haia não estava no local no momento do
ataque, mas sete de seus parentes foram mortos. Israel não
confirmou, porém, que Haia
fosse o alvo do bombardeio.
No funeral dos parentes de
Haia, o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas, declarou a uma multidão
que também compareceu à cerimônia que "nós continuaremos na mesma trilha até atingirmos um dos dois objetivos: a
vitória ou o martírio", num indício de que o Hamas não pretende abrandar seus ataques.
No entanto a declaração de
Israel parece ter surtido algum
efeito, dado que, após o funeral,
membros do alto escalão do
Hamas desligaram seus celulares, para evitar serem localizados, e deixaram o cemitério em
veículos não-oficiais.
Com agências internacionais
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