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ARGENTINA
Kirchner diz que denúncia de corrupção não o intimidará
DA REDAÇÃO
O presidente da Argentina,
Néstor Kirchner, disse ontem que sua mão "não irá
tremer" na hora de demitir
membros do governo diante
do escândalo de corrupção
na licitação de um gasoduto.
"Ninguém verá um pingo
de encobrimento. Temos
muita gente no governo, e às
vezes pode acontecer esse tipo de coisas. Mas o importante é que o responsável não
deixe a mão tremer", disse o
presidente, no sentido de titubeio ou falta de firmeza.
Kirchner, que raramente
fala à imprensa, deu entrevista à rádio Metro FM, de
Buenos Aires -o que demonstra a gravidade da crise,
a cinco meses da eleição presidencial. Ele não confirmou
se a mulher, a senadora Cristina de Kirchner, será a candidata governista.
Ontem, o governo anunciou uma intervenção pelos
próximos seis meses na empresa estatal de energia,
Enargás. O presidente dessa
estatal e o gerente de empréstimos do Banco Nación
foram afastados por estarem
envolvidos na investigação
do pagamento de subornos
pela empresa sueca Skanska
durante licitação para ampliar um gasoduto.
O caso começou por suspeitas de fraude fiscal, devido ao uso de notas fiscais falsas emitidas por empresas
fantasmas, admitido por ex-executivos da empresa sueca
Skanska, durante a licitação.
Outros 20 membros do governo são investigados.
Com agências internacionais
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