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Hillary promete "consequências" a Pyongyang
No Japão, americana anuncia "resposta internacional" à Coreia do Norte por suposto ataque a navio de Seul
DA REDAÇÃO
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, alertou
ontem, no Japão -primeira parada de giro de quase uma semana pela Ásia-, a Coreia do
Norte para as "consequências
internacionais" que sofrerá pelo ataque a um navio de Seul.
"Não será e nem pode ser
uma reação normal. É necessária uma resposta internacional,
não apenas regional, mas internacional", afirmou a chanceler
dos EUA, em referência ao naufrágio de uma embarcação que
matou 46 pessoas em março.
Após semanas de investigações conduzidas por especialistas de cinco países -entre eles
os EUA-, a Coreia do Sul atribuiu formalmente anteontem à
rival do norte o ataque, considerado a mais grave agressão
bilateral em duas décadas.
"As provas são irrefutáveis e
condenatórias. O torpedo que
afundou o [navio de guerra da
Coreia do Sul] Cheonan foi disparado por um submarino da
Coreia da Norte", disse Hillary.
Pyongyang nega responsabilidade e ameaça retaliar com o
início de uma "guerra total" caso seja punida de alguma forma. As Coreias mantêm uma
trégua desde 1953, mas ainda
estão oficialmente em guerra.
Em reunião emergencial do
Conselho de Segurança Nacional ontem, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak,
disse que o ataque viola a trégua bilateral, mas exortou resposta internacional cautelosa.
Hillary não adiantou quais
medidas poderiam ser tomadas, dizendo ainda ser "prematuro" listar possibilidades.
Mas funcionários dos EUA
disseram, sob anonimato, que
elas incluem ação no Conselho
de Segurança da ONU e exercícios conjuntos com Seul na divisa do mar com o Norte.
Ontem mesmo, Hillary partiu para a China, onde deve tentar apoio de Pequim a medidas
contra Pyongyang -que tem na
potência comunista a principal
aliada-, além de discutir o cerco ao Irã nuclear e economia.
No Japão, a americana discutiu ainda a possibilidade de um
acordo sobre a base militar na
ilha de Okinawa, que enfrenta
forte resistência local e ameaça
o governo de Yukio Hatoyama.
O premiê japonês usou o aumento da tensão entre as Coreias para justificar a necessidade de não prescindir completamente do apoio americano.
Com agências internacionais
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