São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2005

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IRAQUE SOB TUTELA

Titular da Justiça diz que país tem segredo

Ministro iraquiano acusa EUA de atrasarem interrogatório de Saddam

DA REDAÇÃO

O ministro da Justiça do Iraque, Abdel Hussein Shandal, acusou ontem os EUA de tentarem adiar o interrogatório do ex-ditador Saddam Hussein. "Parece que há muitos segredos que eles querem esconder", disse Shandal à agência de notícias Associated Press.
"Deve haver transparência no processo, mas há segredos que, se revelados, não interessarão a muitos países", disse ele. "Quem estava ajudando Saddam por todos esses anos?", questionou.
O ministro afirmou que pretende concluir o caso contra Saddam até o fim do ano. O chanceler Hoshyar Zebari declarou separadamente que gostaria que Saddam fosse julgado antes disso.
Em resposta à declaração de Shandal, a Embaixada dos EUA em Bagdá afirmou que o "Iraque tem um sistema judiciário independente, que investiga e julga crimes segundo a lei iraquiana".
Um funcionário do Tribunal Especial Iraquiano, criado para julgar Saddam, afirmou que o organismo é independente e não está sujeito ao Ministério da Justiça. "Os interrogatórios de Saddam acontecem quase diariamente. Nem o ministro da Justiça nem os EUA têm nada a ver com isso."
Ontem Tariq Aziz, um dos principais assessores do ex-ditador, foi interrogado por quatro horas sobre o massacre curdo no norte do país no fim dos anos 80.
Segundo o tribunal, não há data ainda para o julgamento de Saddam. O ex-ditador está preso desde dezembro de 2003 em uma prisão nas cercanias de Bagdá. Embora sob custódia iraquiana, ele é vigiado por militares dos EUA.


Com agências internacionais

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