THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA

Há uma semana na Indonésia, o estudante brasileiro Pablo Pecelin, 25, ainda não deu notícias de seu paradeiro após o tsunami que assolou o país e deixou ao menos 547 mortos e 323 desaparecidos.
O medo da mãe, a paulista Magaly Pecelin, 50, que mora em Florianópolis (SC), é que o filho passe a fazer parte da primeira estatística. O Itamaraty afirma que, até agora, não existem brasileiros entre os mortos.
"Falei com ele no dia 15 e depois não tive mais notícias. Quando chegasse, ele ficou de passar o nome do hotel e o telefone de onde ia ficar. Mas nós perdemos o contato."
Pecelin, que também nasceu em São Paulo, está morando na Austrália, onde estuda inglês e faz um curso de tênis. Por estar em férias, decidiu viajar à Indonésia para surfar, uma de suas paixões.
A família não sabe se Pecelin estava na região atingida pela onda gigante. Segundo Magaly, o estudante, que viajou sozinho, disse a um amigo que faria um roteiro completo de barco pelas ilhas. O ponto de partida, em princípio, seria Bali, local distante do sul de Java -que sofreu o abalo de 7,7 pontos. "Enquanto não ouvir a voz dele, não sossego. Estou estranhando esse silêncio."
Na quarta-feira, Magaly relatou ao Itamaraty o desaparecimento do filho. O órgão disse ontem que já fez contato com a embaixada em Jacarta, mas que não obteve resposta sobre o paradeiro do jovem.


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