São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2011

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Bolsas e ações de bancos fecham em alta em reação a pacote grego

Instituições financeiras europeias têm valorização e puxam reação positiva nos mercados

Maiores altas foram registradas nos países que também têm dívida pública muito elevada, como Itália e Espanha

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

Antes mesmo de as autoridades europeias fecharem um acordo para o novo resgate da Grécia, as Bolsas de Valores da região reagiram com entusiasmo às possibilidades especuladas até então.
Como as Bolsas europeias já tinham deixado de funcionar quando o acerto foi finalizado, restou aos investidores apostar nos cenários que estavam sendo discutidos.
Entre os principais mercados, os que mais subiram foram os de países envolvidos nas discussões sobre o crescimento da dívida pública. A Bolsa de Milão se valorizou em 3,76%, enquanto a de Madri subiu 2,93%. Tanto a Itália, mais recentemente, como a Espanha estão no centro da crise da dívida na Europa, e a falta de um acordo sobre a Grécia poderia fazer os problemas se aprofundarem nas duas economias.
O principal temor de analistas está na Itália, a terceira maior economia da zona do euro. Para vários deles, o agravamento da crise italiana pode "criar um Lehman Brothers", referência ao banco que quebrou em setembro de 2008 e congelou o mercado de crédito no mundo todo.
Nos EUA, as Bolsas -que fecharam após o acordo na Europa- também tiveram dia positivo, motivadas por dados positivos da economia americana e resultados financeiros de empresas como a Apple. O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, se valorizou em 1,21%. O S&P 500 teve alta de 1,35%.
Ainda que pairem muitas dúvidas sobre a economia europeia, investidores afirmam acreditar que a reunião em Bruxelas trará um período de maior estabilidade para mercados financeiros globais.
"Tem sido um mercado pingue-pongue, e você não foi recompensado por escolher ações individuais durante o primeiro semestre deste ano", disse ao "Wall Street Journal" Jonathon Trugman, do fundo de hedge Pendulum Capital Management. Segundo ele, investidores poderão apostar mais em papéis.
As Bolsas europeias têm refletido essas incertezas, não conseguindo manter uma tendência neste ano. Em 2011, a Bolsa de Londres está zerada, a de Frankfurt subiu 2,2%, e a de Paris, 0,31%.


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