São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Grupo de Bush tem ligações com o setor

DA REDAÇÃO

Uma parte considerável do grupo em torno de George W. Bush (e o próprio presidente) tem laços estreitos com o setor de energia.
O principal representante dos interesses petrolíferos do Texas na administração Bush é o vice-presidente Dick Cheney.
Depois de atuar como secretário da Defesa durante a operação que pôs fim à invasão iraquiana do Kuait, em 1991, Cheney tornou-se o executivo-chefe da Halliburton, uma das maiores empresas de petróleo dos EUA, com sede em Dallas.
Quando a ONU relaxou as sanções a Bagdá e permitiu que o Iraque comprasse peças de reposição para seus campos de petróleo, em 1998, foi a Halliburton, sob o comando de Cheney, que arrematou o contrato para reparar os danos causados pela guerra e fazer com que os oleodutos fluíssem melhor.
Duas subsidiárias da Halliburton fecharam negócios no valor de US$ 24 milhões com o ditador Saddam Hussein, que Cheney descreve atualmente como um "ditador mortífero" e "o pior líder mundial".
Também em 1998, a aquisição por parte da Halliburton da Dresser Industries -fornecedora de equipamentos para a indústria petrolífera com estreitos laços com a família Bush- transformou-se em um desastre.
Graças aos contatos que Cheney fez durante a Guerra do Golfo, os representantes da Halliburton no Oriente Médio não lidam com funcionários quaisquer, mas com reis, príncipes e presidentes. Mesmo na administração democrata de Bill Clinton, o nome de Cheney era usado para quebrar o gelo em diversos países. (PDF)


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