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REINO UNIDO
Fonte que acompanhou investigação sobre acidente fatal afirma que atestado confirmando gravidez foi omitido
Diana morreu grávida, diz policial francês
JOHN LICHFIELD
DO "INDEPENDENT"
Diana estava grávida quando
morreu em um acidente de carro
em um túnel parisiense em 1997,
segundo um policial francês graduado que acompanhou o inquérito sobre a princesa de Gales.
Na última quinta-feira, a polícia
britânica anunciou que iniciará
sua própria investigação sobre o
caso no próximo dia 6.
O policial, que pediu para não
ter sua identidade revelada, teve
acesso a todos os documentos envolvendo o caso. Ele negou suspeitas de que tenha havido uma
conspiração para matar Diana e
seu namorado, o milionário egípcio Dodi al Fayed, no acidente
ocorrido em 31 de agosto de 1997.
Segundo a fonte francesa, houve
tentativa de abafar alguns aspectos do caso nos dias seguintes ao
acidente. Um desses aspectos seriam os atestados médicos constatando a gravidez da princesa,
nunca levados a público.
"Posso lhe dizer que ela estava
grávida", disse o policial.
Em ocasiões anteriores, o mordomo e confidente de Diana, Paul
Burrell, e amigos da princesa negaram sucessivamente sugestões
de que ela esperasse seu terceiro
filho quando morreu.
A fonte deu a entender, no entanto, que a gravidez teria sido
abafada para evitar constrangimentos para a família da princesa.
Como não seria relevante para as
causas do acidente ou da morte, a
gravidez não foi mencionada na
conclusão da investigação judicial
francesa, que levou dois anos.
Mas os registros do hospital em
que Diana morreu poderão ser incluídos entre as cerca de 6.000 páginas de documentos que a polícia francesa entregará para os investigadores britânicos.
A suposição de que Diana estaria grávida -feita pela primeira
vez logo após o acidente por Mohammed al Fayed, pai de Dodi e
dono da sofisticada cadeia de lojas
de departamento Harrods- é
um fator importante na teoria daqueles que acreditam que a morte
da princesa teria sido premeditada pela família real ou mesmo pelo governo britânico.
A fonte policial francesa, por
sua vez, rechaçou tais teorias e
afirmou que a investigação conduzida pelo juiz Herve Stephan
deixou claro que foi um acidente,
em parte causado pelo fato de o
motorista Henri Paul ter bebido
antes de dirigir o carro em que a
princesa morreu e de este estar
em alta velocidade.
Também houve especulação sobre a demora em abrir um inquérito britânico, um procedimento
hoje rotineiro quando um cidadão britânico morre no exterior.
O chefe de investigação britânico, Michael Burgess, disse que
não podia iniciar seu trabalho até
o inquérito francês ser concluído
e ele receber seus arquivos.
Esse processo, por sua vez, foi
atrasado pela apelação de Mohammed al Fayed contra a decisão das autoridades francesas de
não processar os três fotógrafos
que perseguiam Diana e Dodi no
momento do acidente.
Quando a apelação foi negada,
Fayed abriu uma nova ação contra os fotógrafos alegando que a
privacidade de seu filho fora invadida. A ação foi descartada pela
corte em novembro.
Burgess anunciou que os inquéritos sobre a morte de Diana e Dodi serão conduzidos separadamente e as primeiras audiências
só acontecerão após a chegada
dos arquivos franceses.
"Em nenhum dos casos eu receberei provas de testemunhas pessoalmente. Farei um comunicado
sobre o propósito da investigação,
como ela deve ser conduzida e o
tipo de prova que eu espero receber", disse Burgess.
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