DA REDAÇÃO

No que está sendo visto como a primeira represália às sanções votadas em dezembro pelo Conselho de Segurança da ONU contra seu programa nuclear, o Irã proibiu 38 inspetores de entrarem no país e acessarem suas instalações atômicas.
Os técnicos pertencem à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), organismo da ONU para a não-proliferação que alertou a comunidade internacional para os indícios de que o enriquecimento de urânio iraniano poderia se destinar à produção da bomba.
Em Teerã, Allaeddin Borudherdi, da Comissão de Segurança Nacional do Parlamento, qualificou a proibição de "um primeiro passo destinado a limitar a cooperação" entre seu país e a agência da ONU.
Em Viena, sede da AIEA, a porta-voz Melissa Fleming afirmou "haver discussões" sobre a permissão para a atuação dos técnicos e que existem inspetores em quantidade suficiente para que as tarefas da agência sejam cumpridas no Irã.
Em Washington, o Departamento de Estado qualificou a iniciativa de "um novo exemplo da posição de um país que acredita poder ditar seus termos à comunidade internacional".
O chefe da diplomacia iraniana, Manouchehr Mottaki, disse que se trata "de uma decisão conforme às normas da própria AIEA".