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Republicanos têm primeira baixa de peso
Senador e ator Fred Thompson, que já esteve em segundo em pesquisas nacionais, teve resultados ruins em prévias nos EUA
Apoio inicial parco e falta de verbas de campanha agora
ameaçam Mike Huckabee e Rudolph Giuliani na disputa
pela indicação à Casa Branca
DA REDAÇÃO
Depois de ter personificado a
esperança dos eleitores mais
conservadores do Partido Republicano, o senador Fred
Thompson, 65, anunciou ontem sua desistência da disputa
pela indicação do partido à eleição presidencial. "Espero que
meu país e meu partido se beneficiem por eu ter feito este
esforço", disse ele, que estava
na quinta colocação nas pesquisas de intenção de voto.
O destino de Thompson foi
aparentemente selado no último sábado, quando ele chegou
em terceiro na primária da Carolina do Sul -Estado no qual
havia dito que "precisava ganhar". Ele também foi o terceiro colocado em Iowa e teve desempenho semelhante ou pior
nos outro quatro Estados que
tiveram suas prévias até agora
-Wyoming (onde ficou em 2º),
New Hampshire (6º), Nevada
(5º) e Michigan (5º). Com a verba de campanha já escassa,
Thompson ficou totalmente
sem dinheiro com as derrotas,
diz a agência Associated Press.
O senador foi, ao lado de Mitt
Romney, a esperança para os
mais conservadores, que assistem alarmados à ascensão de
nomes como o do senador John
McCain. Thompson é contra o
aborto, contra o controle de armas, quer endurecer as leis antiimigração, é contra o casamento homossexual e apóia a
política dos EUA para o Iraque,
apesar de dizer que a guerra foi
iniciada com "poucos soldados
e estratégia errada".
Em meados do ano passado,
o senador chegou a ficar em segundo lugar nas pesquisas nacionais de intenção de voto antes mesmo de anunciar a candidatura. Ainda assim, seu estilo
"fleumático", segundo o "New
York Times", não conseguiu
conquistar apoio suficiente
após o início da disputa.
Em sua curta lua-de-mel
com os republicanos, era tido
como o "novo Ronald Reagan"
(1981-1989): é branco, carismático, conservador e ator, tendo
ganhado fama internacional
pelo papel do promotor distrital durão Arthur Branch, do seriado "Law & Order".
O ex-candidato não disse se
apoiaria alguns dos ex-rivais na
disputa de 2008. Em 2000, ele
apoiou John McCain, que acabou perdendo a indicação para
George W. Bush.
Caso endosse alguém, é provável que os delegados partidários que já haviam sido conquistados por Thompson nas
prévias-oito- sigam sua indicação, apesar de não estarem
obrigados a isso. Se não, ele terá
de formalmente liberá-los para
votar em quem quiserem na
Convenção Nacional Republicana que escolherá o candidato
para as eleições de novembro.
Na corda bamba
Sem ganhar em primárias
desde a vitória no "caucus" (assembléia de eleitores) de Iowa,
em 3 de janeiro, o ex-governador do Arkansas Mike Huckabee pode ser o próximo a abandonar a corrida. Ele admitiu
ontem que estuda desistir da
campanha antes mesmo das
primárias da Flórida (dia 29).
Com os recursos minguados,
o ex-pastor batista já começou
a cortar gastos de campanha.
Segundo Huckabee, sua campanha reavaliará a situação diariamente, enquanto ele tenta
dividir o foco com outros Estados sulistas que farão primárias
na Superterça (5 de fevereiro).
O candidato afirmou que a
atenção da mídia à sua campanha vem diminuindo desde a
vitória em Iowa. Apesar disso,
ele continua a ser o segundo colocado entre os republicanos
na média das pesquisas de intenção de voto nacionais, com
18,7% da preferência, superado
apenas pelo senador John
McCain, que tem 28,8%, segundo o site "Real Clear Politics".
Giuliani
Além de Huckabee, as perspectivas estão sombrias também para o ex-prefeito de Nova
York Rudolph Giuliani. Antigo
favorito nacional, Giuliani
amarga hoje o quarto lugar em
pesquisas de intenção de voto
nacionais. Até no Estado de
Nova York, seu bastião político,
o favoritismo foi conquistado
por McCain.
Na média de seis pesquisas
recentes compiladas pelo "Real
Clear Politics", McCain tem
29,8% da preferência, contra
24,3% de Giuliani. "Se [Giuliani] não conseguir vencer em
Nova York, não o fará em nenhum Estado", disse Maurice
Carrol, diretor do instituto de
pesquisas da Universidade
Quinnipiac.
Com agências internacionais
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