São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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Dilma não terá força no Oriente Médio, diz texto

DE SÃO PAULO

Manobras brasileiras no Oriente Médio iniciadas no governo Luiz Inácio Lula da Silva serão provavelmente interrompidas sob Dilma Rousseff, que não tem a capacidade de se projetar na região.
A avaliação foi formulada numa conversa em Brasília entre um representante da área política da Embaixada dos EUA (não identificado) e o embaixador da Turquia, conforme telegrama confidencial de 2 de dezembro de 2009 obtido pelo WikiLeaks.
Segundo o documento, para os EUA, a busca por protagonismo no Oriente Médio tem origem no Planalto, não no Itamaraty.
"Há uma percepção entre muitos [diplomatas estrangeiros] de que Lula e seus assessores são a força motora por trás desse esforço, que terá dificuldade em prosseguir [após a sua Presidência]", diz o texto.
O documento relata como os diplomatas reunidos em Brasília "fizeram piada sobre como não há possibilidade de a candidata escolhida por Lula conseguir se projetar da mesma maneira que ele [no Oriente Médio]."
Ainda de acordo com o telegrama, o governo Lula, apesar de sonoros acenos a detratores dos EUA no Oriente Médio, defendeu posições muito parecidas com as de Washington em relação ao conflito israelo-palestino.(SA)

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