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Cubanos acusam Caracas de escravizá-los
DA REDAÇÃO
Sete médicos e um enfermeiro cubanos entraram com uma
ação na Justiça Federal de Miami acusando o governo de Cuba, o da Venezuela e a estatal do
petróleo venezuelana PDVSA
de submetê-los a trabalho análogo à escravidão.
Os integrantes do grupo se
dizem "escravos modernos"
por supostamente terem sido
obrigados a exercer suas profissões no regime de "servidão por
dívida" -seus serviços seriam
parte do pagamento cubano ao
fornecimento de petróleo fornecido pela Venezuela.
A ação foi apresentada na
sexta numa corte federal de
Miami, revelou a agência de notícias Efe. O grupo pede US$ 50
milhões em indenização.
No processo, os profissionais
dizem que eram mantidos sob
rígidas regras de segurança e
que "desertores" eram capturados e enviados de volta para
Cuba. Falam que trabalhavam
sem limite de horas, podendo
ser enviados compulsoriamente a zonas de selva.
Dizem ainda terem sido "enganados" antes de viajar. Em
geral, postos na Venezuela são
cobiçadíssimos em Cuba, onde
médicos ganham US$ 25/mês.
Os países mantêm, desde
2004, convênio de cooperação
pelo qual o governo comunista
se compromete a enviar profissionais de saúde e educação como parte do pagamento pelo
petróleo recebido.
Cuba, com índices de excelência em saúde pública e quantidade de médicos por habitante maior do que a de países desenvolvidos, envia profissionais -em missões de cooperação ou venda de serviços- a
quase cem países. As remessas
desses profissionais são hoje
fonte importante de divisas.
Os EUA têm fornecido asilo a
profissionais de saúde cubanos
no estrangeiro -é o caso do
grupo que abriu a ação.
Em 2008, uma ação na Justiça de Miami condenou Cuba a
pagar US$ 80 milhões a três cubanos que se disseram forçados
por Havana a trabalhar em um
estaleiro em Curaçao.
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