São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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Conselho de Segurança condena violência contra população líbia

Para diplomata líbio na ONU, declaração não é forte o suficiente

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

O Conselho de Segurança da ONU condenou ontem os ataques da Líbia contra a população e pediu o fim imediato da violência no país.
O organismo, que se reuniu em Nova York, pediu, em comunicado aprovado por consenso, que medidas sejam tomadas para atender às "demandas legítimas da população, inclusive por meio do diálogo nacional".
"Os membros do conselho ressaltaram a importância da responsabilidade. Eles salientaram a necessidade de responsabilizar os encarregados pelos ataques a civis, incluindo as forças sob controle deles", disse a nota do organismo formado por 15 países e que está sob a presidência do Brasil.
Segundo a embaixadora brasileira na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, os pontos defendidos pelo CS "refletem exatamente a posição brasileira e que o Brasil já manifestou em nota à imprensa e às autoridades líbias".
Viotti disse ainda que o organismo não discutiu a possibilidade de sanções contra a Líbia.
O comunicado demonstra também preocupação em relação com a falta de suprimentos médicos para tratar os feridos e pede que as autoridades líbias permitam a passagem segura de ajuda humanitária para o país.
O embaixador-adjunto da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, disse que a nota do conselho foi boa, mas não foi forte o suficiente.
Para o diplomata, que anteontem exigiu que Muammar Gaddafi renunciasse, o discurso de ontem do ditador foi um código para que seus aliados comecem os ataques.
"O genocídio começou agora", afirmou.


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