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EUA prenderam líder xiita, dizem iraquianos
DA REDAÇÃO
Forças lideradas pelos EUA detiveram anteontem um alto líder
religioso xiita que voltava do exílio no Irã e estava a caminho da
peregrinação a Karbala, mas o libertaram ontem, disseram grupos de iraquianos no exílio.
O aiatolá Mohammad Taki al
Mudarissi, líder da Organização
Ação Islâmica, de oposição a Saddam Hussein, foi detido com 60
outras pessoas na estrada entre a
cidade fronteiriça de Khanaqin e
Bagdá, disse Jaafar Mohammed,
líder da Organização Trabalhista
Islâmica em Damasco (Síria).
Ele afirmou que o aiatolá foi libertado ontem à noite depois de
"protestos maciços" de xiitas e
acusou a coalizão liderada pelos
EUA de prender Al Mudarissi para "ameaçar líderes religiosos que
são o verdadeiro poder". Porta-vozes dos EUA não confirmaram
ou comentaram o incidente.
Líderes religiosos xiitas de todo
o Iraque compareceram à peregrinação em Karbala. Mas divisões entre facções fizeram com que Abdul Aziz al Hakim, vice-chefe do Conselho Supremo para
a Revolução Islâmica no Iraque,
emitisse uma advertência.
"Vocês precisam manter a natureza sagrada de sua peregrinação.
Devem ser bons e afetuosos uns
com os ouros, tratarem-se como
irmãos e acreditar na unidade de
sua causa", afirmou. "A violência
só vai trazer catástrofes."
As forças lideradas pelos EUA
afirmam querer criar um governo
interino e ajudar os iraquianos a
escolher seus líderes. Mas muitos
xiitas estão irritados com o que
vêem como uma intervenção.
Xiitas têm estabelecido administrações locais para restabelecer
a ordem, e líderes religiosos emergiram como fontes de poder político, especialmente no sul do país.
Rixas, contudo, irromperam
entre os xiitas desde a queda de
Saddam. O líder da oposição Abdul Majid al Khoei foi morto no
dia 10 na cidade sagrada de Najaf.
Segundo a TV Al Jazeera, alguns
líderes religiosos importantes não
iriam a Karbala por causa de
preocupações com a segurança,
incluindo o aiatolá Ali al Sistani, o
mais alto líder xiita iraquiano.
Com agências internacionais
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