São Paulo, segunda-feira, 23 de abril de 2007

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ÁFRICA

Após 5º dia, mortos em conflito na Somália já são mais de 200

DA REDAÇÃO

Um conflito entre insurgentes islâmicos e forças do governo apoiadas por tropas etíopes matou ontem 47 pessoas e deixou 71 feridos, em Mogadício, capital da Somália, segundo uma organização de direitos humanos.
Corpos estavam espalhados pelas ruas, alguns mutilados e decapitados, no quinto dia do conflito, que matou ao menos 230 pessoas.
Sudan Ali Ahmed, diretor da organização de direitos humanos Elman, informou que, entre os mortos de ontem, seis são insurgentes e 41, civis. No sábado, foram outros 52 mortos. Os números são baseados nos relatos de moradores, hospitais e ativistas de direitos humanos. Não há dados sobre vítimas entre os soldados somalis ou etíopes.
O governo afirmou que os moradores devem sair de perto desta zona. "Os moradores de Mogadício devem deixar as casas que ficam perto dos redutos dos terroristas porque vamos agir contra insurgentes em breve", disse o vice-ministro da Defesa, Salad Ali Jelle.
A Somália não tem um governo efetivo desde 1991, quando os "senhores da guerra" derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre, provocando o colapso do Estado e a guerra civil.
Formado em 2004, com ajuda da ONU, o governo de transição luta para controlar o país. Enquanto os islâmicos vêem o governo e os etíopes como invasores estrangeiros, o governo os acusa de ter ligação com a Al Qaeda.
Em um ato que pode aumentar a tensão, a Eritréia suspendeu a participação em um grupo regional que mediava o conflito na Somália.


Com agências internacionais


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